O sumo pontífice cumpriu
programação entre Quito e Guayaquil.
O papa Francisco, de volta à América do Sul dos “mais
frágeis”, celebrou ontem, em Guayaquil a primeira missa campal de sua viagem
pelo continente, perante milhares de fiéis e pediu aos equatorianos que rezem
por ele. No segundo dia de visita que também o levará à Bolívia e ao Paraguai,
Francisco viajou cedo de Quito a Guayaquil, no Sudoeste, para o encontro com os
católicos no parque Los Samanes. O visitante chegou de avião e depois iniciou
seu percurso de carro em direção ao santuário do Senhor da Divina Misericórdia,
nos arredores da cidade portuária, onde se reuniu brevemente com dois mil convidados,
incluindo doentes e deficientes físicos antes de ir a Los Samanes.
Ao chegar ao santuário, o sumo pontífice brincou com
os fiéis, ao afirmar: “Dou a bênção a vocês. Não, não vou cobrar nada, mas
peço, por favor, que rezem por mim. Prometem?”, declarou. Seu comentário
provocou risadas entre as pessoas presentes no santuário. O argentino de 78
anos era esperado em Los Samanes por mais de 600 mil fiéis, que suportaram 30
graus de temperatura e uma umidade altíssima. Depois do ato litúrgico em Los
Samanes, Francisco se dirigiu ao Colégio Xavier dos Jesuítas, onde almoçou com
outros religiosos. Mais tarde, reembarcou para Quito, onde faria uma visita à
catedral metropolitana, no coração histórico da capital. No Colégio Xavier, foi
recebido pelo sacerdote nonagenário Francisco Cortés, conhecido como Padre
Paquito, a quem o santo padre informou, por terceiros, que queria vê-lo depois
de seu encontro anterior há 30 anos em Buenos Aires.
Desde as suas primeiras horas no Equador, Francisco
deu mostras da simplicidade e da simpatia que o tornaram famoso no mundo:
permitiu que um jornalista beijasse sua mão e caminhou surpreendentemente para
abençoar os fiéis que o aclamavam durante a noite nos arredores da Nunciatura
Apostólica, onde se aloja, mas pedindo que deixassem os vizinhos dormir.
O primeiro papa jesuíta e latino-americano da História
chegou no domingo ao Aeroporto Marechal Sucre, 20 quilômetros ao leste de
Quito. O avião conduzindo o pontífice pousou às 14h43min locais (16h43min de
Brasília). O forte vento que soprava tirou seu solidéu quando Francisco
apareceu na porta do avião. Sorridente, desceu as escadas e recebeu um abraço
do presidente equatoriano, Rafael Correa.
Francisco convidou Correa a incentivar “o diálogo e a
participação sem exclusões” após um mês de protestos contra e a favor do
governo de esquerda. A América Latina concentra a maioria do um bilhão e
duzentos milhões de católicos no mundo.
Feministas.
Um
grupo de ativistas de um coletivo feminista vestiu-se de freiras grávidas e
protestou contra a visita do papa Francisco à Bolívia. O sumo pontífice chega
ao país amanhã.
Elas levantaram cartazes contra a posição da Igreja
Católica contra o aborto, a homossexualidade e a favor do celibato, nas
escadarias da catedral metropolitana de La Paz, onde Francisco receberá as
autoridades bolivianas. “A minha homossexualidade não precisa de sua aprovação,
mas é a homossexualidade dentro da Igreja que precisa de reivindicação”,
expunha um cartaz do grupo de lésbicas Mulheres Criando.
Fonte: (das agências de notícias).
Nenhum comentário:
Postar um comentário