COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
REJEIÇÃO HISTÓRICA.
Nobres:
Apreciando
a conjunção de fatores negativos que o país vem enfrentando, não chega a
surpreender a revelação de que o governo Dilma Rousseff atingiu o seu menor
índice de aprovação, de apenas 7,7%, conforme a mais recente pesquisa CNT/MDA,
divulgada anteontem. Ainda que uma parcela considerável dos entrevistados
aponte a corrupção como uma das razões para o descontentamento generalizado, o
maior motivo de rejeição é o medo da crise econômica e, especialmente, do
desemprego, que está em alta. Esta percepção mostra claramente que o governo
precisa corrigir os erros que levaram a esse quadro desanimador. Comparado aos
registros de outras recentes pesquisas de opinião pública, o percentual perde
até mesmo para o de 8% registrado em setembro de 1999, quando o país, no segundo
mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, também estava diante de uma
crise. No governo atual, preocupa especialmente o fato de o desencanto se
mostrar evidente em todas as classes sociais de todas as regiões brasileiras. Diante
da instabilidade política gerada pelo atual confronto entre Legislativo e
Executivo e das dificuldades econômicas, principalmente (o ladrão ignora isto) devido às conseqüências da
corrupção em áreas vitais como a monopolizada pela Petrobras, nada sugere uma
melhora imediata. Até por isso, é importante que as instituições sejam
prestigiadas no cumprimento de seus deveres constitucionais e que o Executivo
persista na adoção de medidas planejadas para recuperar a economia. Mas um
recado não pode ser ignorado: o país quer crescimento econômico com ética. E
essa não deve ser uma meta apenas do governo: todos os brasileiros adeptos ao lulismo (e nós diretamente precisa interagir e repor o voto (lei áurea) com ela.
Antônio Scarcela Jorge.
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