segunda-feira, 6 de julho de 2015

CONVENÇÃO TUCANA


"FICOU CLARO QUE O PT NÃO GOSTA DOS POBRES", DIZ ALCKMIN A TUCANOS.


Em um dia em que o PSDB elevou de forma aguda suas críticas ao governo Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez um discurso com a voz carregada de emoção no qual buscou imprimir uma marca popular aos tucanos, que sofrem com o estigma de serem elitistas. E afirmou: diferente do que exalta o PT, a sigla de Lula não trabalha para os menos abastados.

“Somos o partido do povo brasileiro, dos mais humildes, dos trabalhadores efetivos desse país. O PSDB partido nunca usou e nem usará o nome do trabalhador em vão”, disse Alckmin. “Ficou claro que o PT não gosta dos pobres, do social. Gosta é do poder a qualquer preço. Essa é a grande realidade.”

Inflamado, o governador exaltou o governo de Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o Brasil tem saudades do tucano na presidência da República, e atacou tanto Dilma quanto o seu antecessor, Luís Inácio Lula da Silva, pela crise que o Brasil atravessa.

"Infelizmente, hoje, temos essa situação lastimável dos 13 anos do PT. Juros nas alturas, contas públicas destruídas, recessão com inflação, desemprego, programas sociais recuando, pedaladas fiscais e sociais. Esse é o resultado do maior estelionato do qual foi vítima o povo brasileiro”, acusou Alckmin. "O PT não só contaminou o Estado como parasita causador da doença como, agora, tenta debelar a doença com os remédios errados. Criaram a doença e agora estão querendo matar o doente.”

Rival direto de Alckmin na possibilidade de uma candidatura à presidência pelo PSDB, o senador José Serra foi mais contido em seu discurso animando menos a platéia presente do que o governador paulista, mas também fez críticas mais diretas ao governo, escancarando o posicionamento mais contundente dos tucanos como oposição a Dilma.

“O Brasil está atravessando a pior crise desde que me conheço por gente”, disse Serra. “Cabe a nós, forças políticas responsáveis, oferecer alternativas para sair desta crise. Não vamos ter ilusão, vai ser uma missão muito difícil, pois o estrago feito ao País pela era petista foi e é gigantesco. Precisaríamos, como nunca, de um governo capaz de governar.”

Para o senador paulista, a gestão Dilma representa um governo enfraquecido quase de maneira irreversível, comparando-o ao de João Goulart, presidente deposto pelo golpe militar de 1964. “Jango era de uma solidez 'granítica' perto deste, era um gigante”, atacou.

“Bem mais do que o Congresso ou a oposição, o fator de maior perturbação do governo Dilma hoje é o PT. É a principal força que hoje desestabiliza. A característica de um governo ruim é não querer melhorar. Um governo ruim se intoxica com a própria mediocridade."

Parlamentarismo.

Ao final de seu discurso, Serra propôs a seus correligionários que o partido levante a bandeira do sistema parlamentarista, defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

“Esse é o sistema do Executivo forte. No parlamentarismo quando um governo vai mal ele é trocado. É uma perturbação de dois ou três meses. No presidencialismo o processo é sempre traumático. Paralisa o Brasil, paralisa a economia, joga o Brasil para o atraso”. disse o senador tucano.

“Não estou abordando o tema parlamentarismo como divagação. Eu quero fazer uma proposta ao partido. De que abramos um debate sobre a implantação do parlamentarismo no Brasil. Não como forma emergência para ser aplicada numa madrugada como foi em 1961. Não, é a partir de 2018. Daqui até lá procuraremos a melhor maneira de preparar o sistema."
Fonte: IG Brasília.

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