Segundo 'Folha de S.Paulo', líder do PMDB foi citado na Operação Lava
Jato.
Candidato à presidência da Câmara, deputado nega ter recebido propina.
Candidato à presidência da Câmara, deputado nega ter recebido propina.

A reportagem também afirma que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve solicitar ao Supremo
Tribunal Federal (STF), na primeira semana de
fevereiro, abertura de inquérito para investigar a suposta participação do
deputado do PMDB com a organização criminosa comandada pelo doleiro Alberto
Youssef.
De acordo com a publicação, o
peemedebista teria recebido suborno por meio do policial federal Jayme Alves de
Oliveira Filho, conhecido como "Careca", acusado de trabalhar para
Youssef. O próprio "Careca" informa o jornal, teria revelado à
Polícia Federal (PF) que entregou dinheiro na casa do líder do PMDB, no Rio de
Janeiro.
Jayme Alves de Oliveira Filho
chegou a ser preso em outubro, na mais recente fase da Operação Lava Jato,
porém, foi libertado no momento em que expirou o prazo de sua prisão
temporária. Na ocasião, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo
da Lava Jato na primeira instância, determinou que "Careca" fosse afastado
temporariamente de suas atribuições na PF.
O G1 tentou falar com Eduardo Cunha, mas até a última atualização
desta reportagem não havia conseguido localizá-lo. Nesta quarta, ele está em
viagem à Região Norte, em campanha pela presidência da Câmara.
Deputado nega.
Por meio de sua conta pessoal no
microblog Twitter, Eduardo Cunha negou envolvimento com o esquema de lavagem de dinheiro
e pagamento de propina operado por Youssef. Ele atribuiu a denúncia a uma
supos6a tentativa política de atacar sua candidatura à presidência da Câmara.
Cunha já obteve o apoio formal de
PSC, DEM e PRB à candidatura e tenta obter os votos de deputados de PR, PSD e
PP. Eduardo Cunha disputará a presidência da Câmara contra os deputados
Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG), os outros dois que lançaram
candidatura.
"Se a pólvora da bomba deles
adversários na disputa pela presidência da Câmara é dessa qualidade, será tiro
de festim na água. E lamentável que oponentes meus usem desse expediente baixo
tentando me desqualificar. Absurdo também que a matéria contenha acusação
inexistente, quando, no citado depoimento, de nada fui acusado", escreveu
o deputado do PMDB na rede social.
Também por meio do Twitter,
Eduardo Cunha disse que tomou conhecimento da citação de seu nome em depoimento
da Lava Jato, mas, segundo ele, o policial federal suspeito de envolvimento com
o esquema de corrupção não o acusa de nada.
Segundo Cunha, "Careca"
relatou à PF que entregou dinheiro em um condomínio da Zona Oeste do Rio
supondo se tratar da residência de Cunha. O peemedebista, entretanto, afirma
que o endereço mencionado por Oliveira Filho não corresponde ao local onde ele
mora.
Eduardo Cunha disse ainda na rede
social ter sido informado que o advogado do policial federal investigado pela
Lava Jato afirmou que irá apresentar à Justiça Federal uma petição para
esclarecer o suposto equívoco na citação do endereço.
"Careca fala que ouviu dizer
que é o meu endereço, mas que entregou ao proprietário do imóvel, mas que não
pode afirmar que sou eu. Fui informado através de informação dada pelo advogado
do caso que o endereço é o situado na Rua Fala Amendoeira, condomínio Novo
Leblon. Fui informado também que o advogado teria peticionado esclarecendo o endereço",
comentou Cunha no Twitter.
A assessoria de Eduardo Cunha
divulgou nota oficial no site do líder do PMDB. No comunicado, o parlamentar
diz rechaçar com "veemência e indignação" a suspeita de que tenha
envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. O peemedebista também
afirma na nota que não conhece o policial federal Jayme Alves de Oliveira
Filho.
Políticos citados.

Segundo o jornal, entre os
mencionados por Costa estão o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; os
ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Casa
Civil) e Mário Negromonte (Cidades); o governador do Acre, Tião Viana (PT); os
ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), além de
deputados e senadores de PT, PMDB, PSDB e PP. Todos os políticos citados negam
envolvimento com o esquema de corrupção.
Nos depoimentos que prestou aos
procuradores da República entre agosto e setembro, informou "O Estado de
S. Paulo", Paulo Roberto Costa relatou que parte dos políticos que integravam
o esquema de corrupção recebiam repasses de propinas com frequência.
O ex-diretor da Petrobras, que
está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, revelou ao MPF que as parcelas de
suborno chegaram a superar R$ 1 milhão. O dinheiro destaca a reportagem, teria
sido usado em campanhas eleitorais.
Em depoimento à Justiça Federal
do Paraná em outubro, Costa também relatou que parte da propina cobrada de
fornecedores da estatal foi usada
na campanha eleitoral de 2010. Segundo
ele, o dinheiro era direcionado a PT, PMDB e PP.
Fonte Agência O Globo.
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