COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge.
POTENCIAL CORRUPTO E A
OMISSÃO DO GOVERNO.
Nobres:
Não é nada
acreditar que a continuidade da roubalheira enraizada no país sob as bênçãos do
governo, que confia na passividade de um “segmento ingênuo povo brasileiro” constituído
umbilicalmente pelo analfabetismo por consequente irracionalidade de uma
geração que aceita a ladroagem como fonte magnífica e santificada de um governo
falsamente populista e fomentado pelo “idealismo político” por intelectuais petistas
comparáveis a uma religiosidade esquisita voltada para a ladroagem, como o
único projeto que venha atenuar solução que propenda o anseio da população do
país. Por esta razão se focaliza a recente manifestação do Ministério Público
de que o esquema de corrupção na Petrobras continua funcionando e a preocupação
do Ministério da Fazenda de que as dificuldades enfrentadas hoje pelas empresas
envolvidas possam afetar ainda mais a economia demonstra o quanto essa conta
continuará pesando. O que os procuradores não informaram, mas terão de
esclarecer, é quem e quando recebeu tais pagamentos e quem efetuou os
desembolsos. Foi com base nessas evidências que o MP pediu a prisão do
ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que, apesar de
indiciado, continuava solto. É acintoso, para a polícia, para a promotoria e
para o Judiciário que os personagens desse caso ainda sejam pagos pelos
serviços criminosos prestados a empreiteiras, certamente a mando de políticos e
de seus partidos. Há na constatação do MP mais um indicativo de que, além de
agir tardiamente, a Petrobras não foi nem um pouco rigorosa na adoção de
controles, depois de constatadas as irregularidades. O governo já foi advertido
pelo próprio procurador-geral da República de que os antecessores da atual
direção da empresa falharam e de que seus substitutos continuaram falhando.
Tanto que o senhor Rodrigo Janot chegou a sugerir ao governo a substituição da
cúpula da Petrobras, pela incapacidade de reagir aos desmandos. O MP e todos os
envolvidos no esclarecimento da Operação Lava-Jato têm a obrigação de acionar
todos os instrumentos capazes de estancar o sistema corrupto. E é óbvio que o
governo deve finalmente cumprir, “mesmo na marra”, com a sua parte e com o seu
empenho.
Antônio Scarcela Jorge.
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