Pezão vai se reunir com técnicos de Espanha e Israel para discutir o
tema.
Países tratam água do Mar Mediterrâneo para abastecer população.
Países tratam água do Mar Mediterrâneo para abastecer população.
O governador do Rio de Janeiro,
Luiz Fernando Pezão, e seu secretário de ambiente, André Corrêa, vão se reunir
no dia de 10 fevereiro com técnicos de Israel e Espanha para discutir a dessalinização
da água do mar para abastecimento do estado. A proposta seria uma alternativa
para fornecer água à população devido à estiagem.
< (O estado que se encontra a Quinta da Boa Vista - é de dá pena!) Os dois países são referência no
processo de dessalinização, já que utilizam água do Mar Mediterrâneo para abastecimento.
No encontro, os técnicos vão apresentar projetos de dessalinização para
avaliação do governador. ^
Devido à estiagem, o nível da
bacia do Rio Paraíba do Sul – que passa por São Paulo, Minas Gerais e Rio –
chegou a 0,49% na quinta-feira (29), segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Dos quatro reservatórios que abastecem o Rio de Janeiro, os de Paraibuna (SP) e
Santa Branca (SP) operam no volume morto. As usinas de Funil (RJ) e Jaguari
(SP) têm pouco volume útil de água – 3,95% e 1,79% respectivamente. Todos os
reservatórios que abastecem o estado funcionam dentro de hidrelétricas.
Apesar da seca e da baixa nas
reservas de água, há previsão de chuva para Itatiaia, no Sul Fluminense, onde
fica o reservatório de Funil, no fim de semana. Neste sábado (31), deverá
chover desde a manhã até a noite, de acordo com o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet). Também pode chover na Região Metropolitana.
Apesar da possiblidade de chuva,
o técnico da usina de Funil Jorge Florentino explica que é preciso chover forte
por dias seguidos para que o nível do reservatório se eleve. “Tem que ter chuva
forte contínua por pelo menos três dias. Aí ele volta para uma expectativa de
60% (no nível de água)”, explicou.
Racionamento.
Racionamento.
Apesar da falta de chuvas, o secretário
estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa, voltou a dizer nesta
sexta-feira (30), durante uma visita a Caixa da Mãe D'água, reservatório no
Parque Nacional da Tijuca, que o estado não está na iminência de um
racionamento de água. A vistoria feita pela secretaria ocorreu perto da
nascente do Rio Carioca, córrego que historicamente abasteceu a cidade no
período colonial, e que hoje conta com pontos de assoreamento e degradação.
"Nós não estamos na
iminência de racionamento. Se começar a [pensar] assim, as pessoas vão começar
a fazer reserva desnecessariamente. Aí, o cara começa a acumular baldes, ao
invés de ajudar atrapalha", argumentou.
Apesar da afirmativa, Corrêa disse que o racionamento não está de fato descartado e que depende da Agência Nacional de Águas (ANA) para definir as próximas medidas. O Rio Paraíba do Sul é de gestão federal e também a fonte de abastecimento do Rio Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio. Segundo o secretário, a vazão máxima de água que sai do Paraíba do Sul para o Rio Guandu é de 250 m³ e a mínima era de 190 m³. Atualmente, segundo ele, a vazão mínima já foi rebaixada para 140m³ e a ANA tinha a intenção de rebaixar ainda mais.
Apesar da afirmativa, Corrêa disse que o racionamento não está de fato descartado e que depende da Agência Nacional de Águas (ANA) para definir as próximas medidas. O Rio Paraíba do Sul é de gestão federal e também a fonte de abastecimento do Rio Guandu, que abastece a Região Metropolitana do Rio. Segundo o secretário, a vazão máxima de água que sai do Paraíba do Sul para o Rio Guandu é de 250 m³ e a mínima era de 190 m³. Atualmente, segundo ele, a vazão mínima já foi rebaixada para 140m³ e a ANA tinha a intenção de rebaixar ainda mais.
"A ANA queria propor 110m³.
A gente entende o problema de São Paulo, a gente é brasileiro, quer ajudar, mas
estamos discutindo essa questão. A gente vai convencer a ANA que isso não é
adequado, vamos trabalhar para manter do jeito que está. Até agora nós
conseguimos nos entender, não tem porque não continuar", comentou.
Questionado sobre uma possível
sobretaxa para consumidores, o secretário disse que sempre defendeu uma
política de uso eficiente dos recursos hídricos, independente do momento de
crise. Segundo ele, a ideia é criar um estímulo para quem economizar.
"A parte mais sensível do
ser humano é o bolso. Cansei de apanhar no Facebook sobre isso, então eu vou
explicar: quando se fala em sobretaxa, é sobretaxa e bônus. Sobretaxa para quem
é gastão e bônus para quem economiza", afirmou. Reservatórios que
abastecem o estado. Uma peça-chave para entender o abastecimento não só do Rio,
mas de todo o Sudeste, é a Bacia do Paraíba do Sul, que abastece 77 municípios,
sendo 66 no Rio – 57 e mais 9 da Região Metropolitana – e 11 em São Paulo. O
sistema leva água diretamente para 11,2 milhões de pessoas.
O Rio Paraíba do Sul resulta da
confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no Estado de São Paulo,
a 1.800 metros de altitude, na Serra da Bocaina.
O curso da água percorre 1.150
km, passando por Minas Gerais e Rio de
Janeiro, até desaguar no Oceano
Atlântico em São João da Barra (RJ). Os principais usos da água na bacia são:
abastecimento, diluição de esgotos, irrigação e geração de energia
hidrelétrica.
As águas de Funil também
abastecem o reservatório de Santa Cecília, em Piraí (RJ), que integrado a
outros reservatórios de Ribeirão das Lajes, vai abastecer o Sistema Guandu.
As reservas do Paraibuna,
principal reservatório do Rio Paraíba do Sul, ficaram abaixo do
nível das hidrelétricas e, segundo a ANA, o reservatório
passou a operar o volume morto – que não tem capacidade para gerar energia.
Mas ainda há volume suficiente
para ser transposto para a bacia hidrográfica do Rio Guandu, que abastece de
água mais de nove milhões de consumidores da Região Metropolitana do Rio.
Fonte: Agência O Globo.
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