Brasília - A má qualidade da
educação no Brasil é um
obstáculo para que o país avance em indicadores de competitividade na
comparação com outros países.
A análise faz parte de um estudo
divulgado hoje (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento
da CNI, o Brasil aparece em penúltimo lugar no ranking de competitividade formado
por 15 países.
Conforme o estudo Competitividade
Brasil, comparada aos 15 países analisados, a produtividade do trabalhador
brasileiro supera apenas a de profissionais indianos e chineses.
Para Renato da Fonseca,
gerente-executivo da Pesquisa e Competitividade da CNI, isto ocorre,
principalmente, por causa da má formação educacional dos brasileiros.
“Um dos grandes problemas é a
produtividade do trabalho muito baixa e sem crescer há dez anos. Isto tem
envolvimento direto com a educação. A dificuldade de capacitar trabalhadores e
ensinar novas tecnologias geram o baixo crescimento de produtividade, que é um
dos grandes fatores de redução da competitividade do Brasil”, disse Fonseca.
Ele explicou que dois fatores
contribuem para o crescimento da produtividade: investimento em novas
tecnologias – com pesquisa e lançamento de novos produtos e a capacitação dos
trabalhadores.
“A capacitação depende da
educação que o trabalhador recebeu especialmente a educação básica, matemática
e o português. Na medida em que essa educação é deficiente, fica difícil
ensinar ao trabalhador novas tecnologias na velocidade que o mundo de hoje
necessita”, acrescentou.
De acordo com a CNI, no ranking
geral o Canadá aparece na primeira colocação, seguido, respectivamente, da
Coréia do Sul, Austrália, China, Espanha, Chile, África do Sul, Rússia,
Polônia, Índia, Turquia, México, Colômbia, Brasil e Argentina.
Em apenas dois dos oito quesitos
avaliados o Brasil não figura no terço inferior do ranking, ou seja, entre as
décima primeira e décima quinta posições.
O estudo mostra o ranking de
competitividade dos países a partir dos indicadores de Disponibilidade e Custo
de Mão de Obra, Disponibilidade de Capital, Infraestrutura e Logística, Peso
dos Tributos, Ambiente Macro e Microeconômico, Educação e Tecnologia e
Inovação.
Desde 2012, o Brasil aparece na
penúltima colocação.
Segundo Fonseca, para melhorar e
se tornar mais competitivo em 2015, o Brasil precisa, além de políticas que
melhorem a formação educacional, reduzir a burocracia, ampliar a participação
privada nas obras de infraestrutura e simplificar a cobrança de impostos.
Fonte: Agência Brasil.
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