COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
SÃO
LAZARO SETORIAL.
Nobres:
A grande mídia nacional
sintonizada pela realidade brasileira vem se expressando sobre a formação
ministerial fundamentando as críticas de insatisfação sobre as escolhas e os
critérios que requer conhecimento de causa, bem ao contrário do nosso Estado,
onde a mídia local, sempre constituída de bajuladores (por ser um bico, de
quase todos servidores do Estado) proclama a “ressureição de Lázaro”,
principalmente no âmbito da educação. “Para os puxas sacos” se tornam céticos
as estatísticas promovidas por organismos internacionais que “desestimam” como
ponta negativa, e como dominó, no Estado e no município, posicionando como
vice- lanternas. É deveras calamitoso, apenas se embelezam com edificações
suntuosas, principalmente as escolas técnicas construídas no Estado – Segurança
Pública – Delegacias, sem delegado, aqui em Nova-Russas, nem mesmo tem prédio próprio,
e, a desordem, - “nos leva a crer” - que possa nada funcionar para que fiquem a
marginalidade a vontade, “iludindo a modo cearense, os “bestas”. - Isto não é
“lindro”- como diz Tiririca; veja bem: notável figura política nacional, como é
natural - cearense! - A bem da verdade desafio as discussões, porém sabendo que
nos desconhecem para quem convive com o processo nada civilizatório seja que natural,
empurre com a corrupção. Em linha gerais, discorrendo estas observação, que
consideramos ser útil para focalizar a questão de ordem do governo central,
onde se inicia esse processo. Não deve ser agradável, mas tampouco parece
especialmente desconfortável à presidente Dilma Rousseff ler, ver e ouvir
diariamente a massa de críticas à formação de seu Ministério, cuja proeza foi
conseguir unanimidade na insatisfação e na atribuição de demérito (moral e
profissional) a alguns dos ministros em relação às pastas para as quais foram
escolhidos. A presidente simplesmente fez as coisas ao modo que lhe pareceu o
mais pragmático sob a ótica do carcomido e ineficiente presidencialismo de
coalizão. Da obsolescência e ineficiência do método dão notícias os conflitos
entre o Planalto e sua base aliada de 394 deputados no primeiro mandato. Desta
vez, a partir de 1.º de fevereiro serão, só na Câmara, 329 parlamentares
pertencentes a 10 partidos acomodados em ministérios. Em tese, maioria de votos
de sobra. Na prática, um ministro não corresponde necessariamente à votação de
uma bancada. Ainda mais nessa situação em que o time já entra em campo
reclamando da escalação e emitindo sinais de insubmissão à diretoria.
Basta ver a plataforma dos dois candidatos à presidência da Casa
oriundos das principais bancadas governistas. Ambos, Eduardo Cunha, do PMDB, e
Arlindo Chinaglia, do PT, disputam o lema da “independência” em relação ao
Poder Executivo. Pois muito bem, nesse cenário seria um excelente gesto da
presidente na direção da recuperação da credibilidade do governo a formação de
um ministério de excelência. Bons quadros não faltam ao país nas mais diversas
áreas: Esportes, Saúde, Educação, Minas e Energia, Previdência, Comunicações e
assim por diante. Com certeza absoluta teria o apoio da sociedade contra o qual
o Congresso não ousaria reagir. Ocorre, porém, que gente com notório saber,
biografia e nome a zelar não aceita determinados papéis. Um Ministério de alto
nível teria de obter da presidente compromisso de autonomia para estruturar
projetos, negociar com o Congresso e cuidar das respectivas execuções.
Contrariando, muitas vezes, interesses que o grupo no poder não está disposto a
contrariar. Daí a governar há 12 anos sem ter promovido reformar estruturais
nem avanços que direcionem o Brasil ao futuro. A lógica meramente eleitoral e a
servidão à longevidade de uma liderança, no caso, o ex-presidente Luiz Inácio
da Silva, afastam quaisquer expectativas de que o país deixe de patinar e passe
a andar. A opção pela mediocridade é a regra. Não foi por outra razão que Lula
escolheu Dilma como sua sucessora. Pela certeza de que não lhe faria sombra.
Ele nunca deu espaço para que florescessem novas lideranças no PT. Embriões de
líderes não faltavam. Muitos abatidos por escândalos, mas outros deixados
propositadamente em segundo plano em prol do brilho de uma única estrela. Assim
é a mecânica adotada para a formação do governo do segundo mandato. Muito
criticada, mas que atende perfeitamente aos planos, que não incluem compromisso
com resultados concretos e sim com a capacidade de mistificação da realidade.
Como, aliás, se viu no discurso de posse da presidente. O diagnóstico de que os
brasileiros esperam do governo “mais e melhor” está correto. Mas a receita
oferecida, ao menos em termos de equipe, não condiz com o prometido. Basta
observar as manifestações de ministros que tomaram posse na sexta-feira. O
titular do Esporte confessou: não entende do riscado e vai “ouvir” quem
entende; o da Educação prometeu “diálogo com os professores”, acesso a creches,
à pré-escola e mudança do currículo do ensino médio para daqui a dois anos; o
da Integração Nacional anunciou mais um adiamento da conclusão da transposição
das águas do Rio São Francisco; e o de Comunicações acenou com “debate
profundo” sobre o projeto de regulamentação da mídia. Um resumo do prólogo que
não recomenda o conjunto da obra. Em síntese projetos advindos desde 2003 ainda
não foram consolidados e sempre ficando para o amanhã.
Antônio Scarcela Jorge.
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