terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CONSEQÜÊNCIA DO ROUBO & ROBALHEIRA

 AÇÕES ORDINÁRIAS DA PETROBRAS FECHAM NO MENOR VALOR DESDE 2004.

Os papéis preferenciais atingiram mínima desde 2005, diz Economática. As ações da estatal fecharam abaixo dos R$ 9 nesta segunda.

As ações ordinárias da Petrobras (sem direito a voto) fecharam cotadas a R$ 8,27 nesta segunda-feira (5), atingindo assim o menor valor desde o dia 6 de setembro de 2004, quando o papel chegou a R$ 8,2605, de acordo com dados da Economática. Já os papéis preferenciais (as mais negociadas, com prioridade na distribuição de dividendos) fecharam a R$ 8,61, o menor valor desde 8 de junho de 2005 – quando o papel fechou a  R$ 8,59.

A Bovespa fechou em queda nesta segunda, ainda em meio a ajustes de início de ano e ao mau humor externo, com forte baixa no preço do petróleo. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 2,05%, a 47.516 pontos. Veja cotação.
Também nesta segunda, o preço do barril em Nova York caiu para abaixo de US$ 50 pela 1ª vez desde 2009.

No acumulado de 2014, as ações preferenciais da Petrobras fecharam com desvalorização de 37,6%. Já as ações ordinárias perderam 37,9% no ano passado.

A participação das ações preferenciais da Petrobras na composição do Ibovespa caiu quase pela metade, de 8,7% para 4,681%, segundo a nova carteira do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira pela BM & F Bovespa.

Em nota a clientes, o UBS disse que o sentimento negativo com a Petrobras continua o que ainda deve pressionar as ações, e citou a divulgação do resultado do 3º trimestre previsto para este mês e a crença em uma mudança de membros da diretoria (fora da alta cúpula) da empresa em meados de janeiro como principais catalisadores no curto prazo.

No exterior, o mercado acompanhou como pano de fundo um quadro negativo em praças acionárias, em meio a incertezas políticas na Grécia e nova queda nos preços do petróleo.
O dólar fechou em alta em relação ao real nesta segunda-feira (5), no segundo dia de negócios do ano. A moeda norte-americana subiu 0,6%, a R$ 2,7087 na venda. Leia mais.
Problemas e investigações.

A Petrobras pode entrar em default técnico em algumas de suas dívidas externas se credores aderirem a uma campanha para forçá-la a acelerar as possíveis baixas contábeis devido ao gigante escândalo de corrupção que envolve a petroleira.

O endividamento líquido da empresa cresceu 8% no 3º trimestre em comparação com o segundo trimestre de 2014, passando para R$ 261 milhões. No acumulado do ano, houve crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2013.
Somam-se a isso as perdas com a falta de reajuste do preço do diesel e da gasolina – ofertados na maior parte do ano a um preço abaixo do praticado no mercado internacional.

Como se não bastassem os problemas internos, o preço do petróleo despencou para o patamar de US$ 50, recuando a níveis de 2009, por preocupações persistentes com um excesso de oferta global e a perspectiva fraca de demanda.

O mercado também tem mostrado preocupações quanto aos retornos dos projetos da Petrobras no pré-sal devido à queda do valor da commodity.


Operação Lava Jato.



As suspeitas de irregularidades na Petrobras foram apontadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, deflagrada em março deste ano para apurar esquema de lavagem de dinheiro. As investigações apontaram para um esquema de desvio de verbas e superfaturamento em obras da estatal.

As denúncias resultantes da operação já levaram os procuradores a pedir ressarcimento de ao menos R$ 1,18 bilhão por desvios na petroleira.

Diante das denúncias de irregularidades, diversos órgãos de controle do governo decidiram investigar a estatal. O Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) abriram processos para apurar denúncias como pagamento de propina a funcionários por empreiteiras, superfaturamento de obras e pagamento de serviços que não foram realizados por empresas contratadas pela Petrobras.

Fonte: Agência Reuters.


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