Sérgio Mendes foi preso na sétima fase da operação, junto com outros
empresários.
A Justiça Federal autorizou,
nesta quinta-feira (15), a internação do vice-presidente da Mendes Junior,
Sérgio Cunha Mendes, preso em Curitiba acusado de participar do esquema de
corrupção na Petrobras, por tempo indeterminado. A juíza federal Gabriela Hardt
determinou que seja apresentado, na próxima segunda-feira (19), um relatório
completo do acompanhamento médico. No documento, deverá ser indicado ainda, 'na
medida do possível, o prognóstico para alta hospitalar, informando acerca da
possibilidade, por questões médicas, para remoção do custodiado ao Complexo
Médico Penal do Estado para finalização do tratamento, considerando os custos
gerados aos cofres públicos pela escolta em hospital particular'.
Na decisão, a juíza autorizou
também que a mulher de Cunha Mendes permaneça na companhia dele durante o
período de internação, 'excepcionalmente e por questões humanitárias', sob
crivo e controle da Polícia Federal. A visita dos defensores e outros parentes
do custodiado também foi permitida.
"Fica proibido o uso por Sérgio Cunha Mendes de aparelhos de telefone ou de outros meios de comunicação como internet. Por este motivo, poderá a escolta restringir, dentro do quarto em que se encontra o custodiado, o uso de aparelhos pela esposa, defensores e parentes", alertou a juíza.
Segundo o delegado da PF Igor
Romário de Paula, Cunha Mendes foi removido emergencialmente pela equipe do
SAMU para o Hospital Santa Cruz nesta capital, onde teria sido diagnosticada uma
calcificação em um dos rins. Informou ainda que a equipe médica estaria
elaborando laudo para que a defesa pudesse solicitar autorização para
internação do custodiado, e que a polícia Federal o estaria acompanhando no
estabelecimento hospitalar.
O executivo foi internado no
hospital particular Santa Cruz, em Curitiba, por volta das 17 horas de ontem. O
local é o mesmo que tem atendido outros presos pela Operação Lava Jato, como o
doleiro Alberto Youssef.
Sérgio Mendes foi preso na sétima
fase da operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, com outros empreiteiros.
Na ocasião, se recusou a viajar de Brasília onde mora para Curitiba em avião da
PF e se entregou de jatinho particular.
Da empresa Mendes Junior, a PF
indiciou também Angelo Alves Mendes, Flávio Sá Motta Pinheiro e Rogério Cunha
de Oliveira. A acusação é que as empreiteiras eram contratadas pela Petrobras
mediante pagamento de propina para partidos políticos e dirigentes da estatal.
Fonte: Estadão.
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