Antes mesmo de
tomar posse, a nova equipe econômica da presidente Dilma deixou claro seu
desafio imediato: arrumar as contas públicas e aumentar o resultado fiscal. Mas
outros temas têm sido repetidos pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson
Barbosa (Planejamento).
Aumentar o nível
de poupança no país, a produtividade da economia e a transparência das ações e
metas do governo estão no segundo escalão das prioridades econômicas para os
próximos anos.
Levy tem
afirmado que talvez seja necessária a criação de políticas públicas para
estimular a formação de reserva das famílias e empresas.
A taxa de
poupança no país, que inclui também o que é poupado pelo setor público, está em
14% do PIB, o menor nível em 14 anos.
O ministro falou
em seu discurso inaugural, logo após sua indicação à Fazenda, que o governo
"dará o exemplo" para famílias, empresas, Estados e municípios,
ampliando a sua poupança - no jargão econômico, o superávit.
Para o professor
de economia da FGV-EESP, Clemens Nunes, no cenário brasileiro em que a demanda
cresce mais que a oferta, é preciso mais poupança para acelerar o investimento
produtivo no país, como ampliação e modernização de fábricas e compra de máquinas
e em infraestrutura.
Com o governo
gastando mais do que arrecada, e as famílias e as empresas poupando pouco,
faltam recursos para o país ter uma estratégia mais forte de investimento,
segundo o especialista.
PRODUTIVIDADE.
Também no sentido de ampliar a oferta de produtos e serviços, outra preocupação da nova equipe é aumentar a produtividade e a eficiência da economia nacional.
Também no sentido de ampliar a oferta de produtos e serviços, outra preocupação da nova equipe é aumentar a produtividade e a eficiência da economia nacional.
Grupos de
trabalho formados por representantes do governo e do setor privado apresentaram
a Dilma propostas para que o país consiga nos próximos anos produzir mais, com
a estrutura que tem hoje.
Cortar perdas
com transporte ineficiente, tributação truncada, burocracia e barreiras para
abertura e fechamento de empresas estão entre as propostas, segundo a Folha
apurou. Ampliar programas de qualificação do trabalhador e abrir o mercado para
mão de obra qualificada estrangeira são medidas que também estão no radar.
A diretora de
Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Fernanda De Negri, defende que é
preciso ampliar a produtividade para o país crescer de forma sustentada.
Ela explica que a ampliação da oferta no país foi impulsionada nos últimos anos pelo aumento da mão de obra, e não com investimento em formas mais eficientes de produção. Mas esse padrão de expansão se esgotou, com a proximidade do pleno emprego, e é preciso reverter esse quadro.
Ela explica que a ampliação da oferta no país foi impulsionada nos últimos anos pelo aumento da mão de obra, e não com investimento em formas mais eficientes de produção. Mas esse padrão de expansão se esgotou, com a proximidade do pleno emprego, e é preciso reverter esse quadro.
Em seu discurso
inaugural, Levy destacou que a concorrência, o empreendedorismo e a inovação
serão indispensáveis para o crescimento da economia brasileira.
TRANSPARÊNCIA.
Se o discurso da nova equipe econômica se confirmar, metas improváveis de serem cumpridas, um expediente corriqueiro na gestão passada, darão lugar a objetivos e dados mais realistas.
Essa é a aposta para recuperar a abalada confiança na economia, o que será fundamental para a retomada do crescimento, que acontecerá, pela previsão do novo time escalado por Dilma, em 2016.
Se o discurso da nova equipe econômica se confirmar, metas improváveis de serem cumpridas, um expediente corriqueiro na gestão passada, darão lugar a objetivos e dados mais realistas.
Essa é a aposta para recuperar a abalada confiança na economia, o que será fundamental para a retomada do crescimento, que acontecerá, pela previsão do novo time escalado por Dilma, em 2016.
Levy já
sinalizou que quer dar mais transparência aos dados fiscais. Há a proposta de
criar relatório semanal com a previsão de economistas do mercado sobre as
contas públicas, nos moldes do que faz o BC com seu relatório Focus, com
estimativas sobre inflação e crescimento, por exemplo.
Fonte: Folhapress.
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