quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

NO REINO DA EMBROMAÇÃO

 CONTA DE LUZ DOS BRASILEIROS PODE SAIR DO VERMELHO E FICAR PRETA.

Reservatórios do Sistema Sudeste/Centro-Oeste tiveram uma queda de mais de 1% em menos de 10 dias.

O Brasil começa o ano com uma situação crítica para os reservatórios de energia. Enquanto em janeiro de 2014 o Sistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país, tinha cerca de 40% da capacidade máxima dos reservatórios, hoje o nível é de 18,27%. O preocupante é que esse valor caiu 1,40% em menos de 10 dias, de acordo com dados do ONS (Operador Nacional do Sistema).

A queda n nível dos reservatórios desde o início do ano está ligada à falta de chuvas generalizadas e com elevados acumulados e também ao forte calor que tem feito nos últimos dias, que consequentemente faz com que a população gaste mais. Uma das medidas tomadas pelo Governo Federal em 2015 foi a adoção das bandeiras tarifárias na conta de luz, que vai cobrar do consumidor mais ou menos, conforme estiver a geração de energia no país.

Desde que passou a valer, em 1º de janeiro, a bandeira tarifária em todos os Sistemas de geração elétrica do Brasil está vermelha, na condição mais crítica, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Nessa situação, é cobrado na conta de luz um valor de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos. A media foi tomada porque com o nível dos reservatórios baixos, o país está gerando energia através das termoelétricas, que possuem um custo maior.

Porém, segundo especialistas do setor, as decisões tomadas pelo Governo Federal não resolvem o problema. O que será cobrado a partir de agora do consumidor é para cobrir os gastos de 2014, que passaram de R$ 1 bilhão. Além disso, é preciso chover. “Se depender da questão climática, a conta de luz do brasileiro deixará de ser vermelha e passará para preta”, afirma o climatologista da Somar Meteorologia, Paulo Etchichury.

De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, na próxima semana haverá uma mudança no padrão climático, mas a chuva não será forte o suficiente para reverter a situação atual. “A chamada caixa d´água brasileira, que abrange as bacias do Tietê, Grande, Paranaíba e Tocantins, não deve receber um elevado acumulado de água”, conclui Oliveira.

Lembrando que para fazer o nível dos reservatórios subir é preciso uma chuva forte, por vários dias seguidos, no local exato das bacias. As pancadas de fim de tarde, observadas nos últimos dias, não alteram a atual situação.
Fonte: Agência Brasil.


Nenhum comentário:

Postar um comentário