Reservatórios
do Sistema Sudeste/Centro-Oeste tiveram uma queda de mais de 1% em menos de 10
dias.
O Brasil começa o ano com uma
situação crítica para os reservatórios de energia. Enquanto em janeiro de 2014
o Sistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país, tinha cerca de 40% da capacidade
máxima dos reservatórios, hoje o nível é de 18,27%. O preocupante é que esse
valor caiu 1,40% em menos de 10 dias, de acordo com dados do ONS (Operador
Nacional do Sistema).
A queda n nível dos reservatórios
desde o início do ano está ligada à falta de chuvas generalizadas e com
elevados acumulados e também ao forte calor que tem feito nos últimos dias, que
consequentemente faz com que a população gaste mais. Uma das medidas tomadas
pelo Governo Federal em 2015 foi a adoção das bandeiras tarifárias na conta de
luz, que vai cobrar do consumidor mais ou menos, conforme estiver a geração de
energia no país.
Desde que passou a valer, em 1º
de janeiro, a bandeira tarifária em todos os Sistemas de geração elétrica do
Brasil está vermelha, na condição mais crítica, segundo a ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica). Nessa situação, é cobrado na conta de luz um
valor de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos. A media foi tomada porque com o
nível dos reservatórios baixos, o país está gerando energia através das
termoelétricas, que possuem um custo maior.
Porém, segundo especialistas do
setor, as decisões tomadas pelo Governo Federal não resolvem o problema. O que
será cobrado a partir de agora do consumidor é para cobrir os gastos de 2014,
que passaram de R$ 1 bilhão. Além disso, é preciso chover. “Se depender da
questão climática, a conta de luz do brasileiro deixará de ser vermelha e
passará para preta”, afirma o climatologista da Somar Meteorologia, Paulo
Etchichury.
De acordo com o meteorologista
Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, na próxima semana haverá uma mudança no
padrão climático, mas a chuva não será forte o suficiente para reverter a
situação atual. “A chamada caixa d´água brasileira, que abrange as bacias do
Tietê, Grande, Paranaíba e Tocantins, não deve receber um elevado acumulado de
água”, conclui Oliveira.
Lembrando que para fazer o nível
dos reservatórios subir é preciso uma chuva forte, por vários dias seguidos, no
local exato das bacias. As pancadas de fim de tarde, observadas nos últimos
dias, não alteram a atual situação.
Fonte: Agência Brasil.
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