Documento encaminhado à Justiça Federal do Paraná pede a condenação por
envolvimento no esquema de corrupção dentro da Petrobras.
SÃO PAULO - O Ministério Público
Federal (MPF) pediu, em documento encaminhado na quarta-feira à Justiça Federal
do Paraná, a condenação de nove suspeitos de envolvimento no esquema de
corrupção que atuava dentro da Petrobras. Entre eles estão o ex-diretor de
Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Todos
os investigados são réus em processos decorrentes da primeira fase da Operação
Lava Jato, da Polícia Federal.
Os procuradores disseram que
Costa associou-se, em organização criminosa, ao doleiro Alberto Youssef e
outras pessoas. Ele usava sua influência dentro da estatal para obter propina
de grandes empresas que recebiam em troca contratos com a Petrobras. O MP
também aponta como lavagem de dinheiro a aquisição de um veículo de luxo por
Youssef em benefício de Costa. O ex-diretor recebeu um Land Rover, adquirido
pelo doleiro, como parte da propina. Segundo admitiu em depoimento, obteve
ainda 2,8 milhões de reais diretamente da construtora Camargo Corrêa por
serviços de consultoria inexistentes para disfarçar o recebimento de suborno.
Além de Costa e Youssef, os
procuradores pediram a condenação do sócio da importadora Sanko-Sider, Márcio
Andrade Bonilha; do dono da MA Consultoria, Waldomiro Oliveira; do contador das
empresas RCI Software e Empreiteira Rigidez, Antônio Almeida Silva; dos sócios
da Labogen Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles e Esdras de Arantes Ferreira;
e do sócio da Piro Química Pedro Argese Júnior.
No mesmo documento, os
procuradores pediram ainda a absolvição de Murilo Stênio Barros, sócio da Sanko
Sider e um dos investigados no processo. O MPF argumenta que durante a operação
foram encontrados elementos que comprovam a existência de lavagem de dinheiro,
resultante de corrupção ativa e passiva, peculato e fraude de licitações em um
contrato da estatal.
Fonte: Agência O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário