COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
AFIRMAÇÃO
DAS INSTITUIÇÕES
DE ESTADO.
Nobres:
Em face das
investigações da Operação Lava-jato, a responsabilidade de alguns partidos,
especialmente o dos Trabalhadores, e de prestigiados políticos, pela criação
dos engenhosos meios de arrecadar dinheiro desviado tanto do erário público
como pago como propina, numa sangria permanente e desabrida. Que a corrupção é
um mal endêmico no Brasil é inquestionável. Ela estava no ar e nas mentes dos
mais atentos. Mas nada se apurava. No governo Collor arranhou-se a superfície
então impenetrável da corrupção, redundando no impeachment do presidente da
República e na prisão apenas de Paulo César Farias. Na era Lula, o que apenas
arranhava penetrou firme na carne. Amadurecemos enquanto povo e instituições.
Foram investigados, processados e conduzidos ao cárcere os comprovadamente envolvidos
nos crimes do mensalão. Agora, fere-se mais fundo. Chega-se ao cerne dos
poderes político, econômico e de Estado. Comprova-se a formação de cartéis e os
benefícios provenientes dos desvios direcionados aos cofres dos partidos e às
campanhas políticas. Alguns dos mais proeminentes integrantes da administração federal teceram
pesadas críticas à forma como é conduzido o combate à corrupção no Brasil.
Deixou a CGU seu ministro-chefe, Jorge Hage, lamentável perda em hostes tão
devastadas. Incisivo e claro o discurso de Rodrigo Janot, honrando o
cargo que ocupa. A conclusão é que, se em tudo o mais forem verossímeis as
várias explicações para um fato, a mais simples seguramente é a melhor.
Antônio Scarcela
Jorge.
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