Procurador-geral da República vai esperar pelo fim do recesso do
Judiciário, em fevereiro, para apresentar pedidos de investigação ou denúncias
ao STF.
O Procurador Geral da República, Rodrigo
Janot concede coletiva de imprensa, em Curitiba (PR), sobre os indiciados na
Operação Lava Jato. Os políticos envolvidos no megaesquema de corrupção operado
na Petrobras, descoberto a partir da Operação Lava Jato, só serão
denunciados ou investigados em fevereiro do ano que vem. O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, vai esperar a volta do recesso do Judiciário para
encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura de
inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações do ex-diretor
da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.
O Poder Judiciário entra em
recesso nessa sexta-feira, e o STF permanecerá em esquema de plantão até o
dia 31 de janeiro. Nesse período, só são tomadas decisões em medidas urgentes
pelo ministro em plantão. Por isso, Janot vai levar os inquéritos ou eventuais
denúncias - se não for necessária investigação - contra os políticos apenas em
fevereiro.
Ele já havia informado que, com a
análise das delações de Youssef e Paulo Roberto Costa, já tinha elementos
suficientes para pedir ao STF o "desmembramento" dos casos.
Permanecerão no Supremo. Inquéritos contra parlamentares, autoridades com
prerrogativa de foro e casos em que a atuação no esquema estiver diretamente
ligada aos políticos.
A delação de Alberto Youssef já
foi encaminhada pelo PGR ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori
Zavascki. Cabe ao ministro homologar a delação, assim como fez no caso de Paulo
Roberto Costa.
Nas delações feitas em Curitiba
(PR), Costa e Youssef citaram "dezenas" de parlamentares, segundo o
próprio ex-diretor. Eles relataram repasses para políticos como os senadores
petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE), além de partidos como PP e
PMDB e do tucano Sérgio Guerra, que morreu em março. A Polícia Federal também
interceptou diálogos entre Youssef e os deputados André Vargas (sem partido-PR)
e Luiz Argôlo (SD-BA).
Fonte: Estadão.
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