COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
REFORMA POLÍTICA O FOCO DAS ATENÇÕES DO PAÍS.
Nobres:
Estamos próximo ao limiar de 2015,
contudo em decorrência às eleições de outubro passado, conhecidos os
vencedores, ouvidas as explicações dos derrotados, a pergunta que se impõe: - e
agora? Agora é pra valer! - Não deveríamos ser tão otimistas e talvez
devêssemos expor que é apenas um desejo e que muito precisará acontecer para
que seja mesmo “pra valer” o que o futuro vai delinear. Tem gente querendo
mudar sem mudar coisa alguma. E precisamos, com seriedade e afinco, fazer valer
o que as urnas determinaram. Os eleitos ontem e os parlamentares têm o dever de
reformarem a política no Brasil. Há, contudo, um bom caminho projetado e em boa
parte percorrido. Discorremos vários projetos de reforma política existentes
nos escaninhos do Congresso e mais ainda, da proposta da OAB, que vai tentar
outra vez a experiência do projeto assinado pelo povo. Dilma reelegeu-se
garantindo que conduzirá a reforma. Os pontos indispensáveis estão lançados. Há
uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal com seis
votos já conhecidos, fulminando o financiamento das campanhas eleitorais pelas
empresas. Sirva de modelo à emenda constitucional indispensável. Mais ainda,
que as coligações desapareçam das eleições proporcionais. Nas majoritárias, que
sejam verticais. Na atividade dos deputados federais, que não exista mais o
espaço nebuloso das emendas orçamentárias, que apenas servem para a corrupção.
Ampliem-se os mandatos dos governantes, mas sejam vedadas as reeleições para o
Executivo. Necessariamente rever o ingresso aos tribunais superiores, cujos
cargos devem ser coroamento de carreiras iniciadas pelo concurso público. Se
isso e um pouco mais tiver que nos conduzir a um novo pacto, venha logo a
convocação de uma Constituinte. Um novo texto, inteiro, não apenas um remendão.
Trabalho sério, de gente grande, pra valer. As acusações de corrupção e os
escândalos foram insuficientes para derrotar Dilma. Espera-se que as
investigações sejam encaminhadas e realizadas com rigorosa precisão, como a
presidente prometeu. Este é o caminho a seguir pela presidente reeleita no sentido
de governar para um novo conceito ético, livrando das amarras do corporativismo
corrupto até aqui existente no “atual ninho de aliados”.
Antônio Scarcela Jorge.
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