Uma pesquisa recente do Datafolha,
com avaliação do governo Dilma e perguntas sobre a Petrobras, mostrou que 41%
dos entrevistados acreditam que os principais beneficiados pelo escândalo são
os “partidos políticos”.
E antes que se aponte o dedo para
os “PTRALHAS”, vale lembrar que a maldição recai sobre todas as legendas.
Segundo o Ibope de outubro, o PSDB tinha uma imagem tão ruim quanto a do PT:
45% dos eleitores tinham uma imagem “desfavorável” dos tucanos, contra 46% em
relação ao PT.
Com os partidos em baixa, parece
restar aos políticos o investimento na imagem individual, como que para se
distanciar do imbróglio.
Nestes termos, a pesquisa
Datafolha não é ruim para Dilma. Embora 68% digam que a presidente “tem
responsabilidade no caso” Petrobras e que seu governo teve mais corrupção do
que os de FHC e Lula (só melhor do que Collor), outros 46% acreditam foi no
governo Dilma que a corrupção foi mais investigada e os corruptos punidos (40%).
Antes que se aponte o dedo para o Brasil “atrasado”, essa percepção favorável
ao governo Dilma no quesito combate à corrupção é mais intensa quanto maior a
renda do entrevistado.
Seja como for, com a imagem dos
partidos em frangalhos, valerá a pena acompanhar o desempenho dos políticos nas
redes sociais, onde eles são mais “gente como a gente”. Essa semana no Facebook
Aécio apareceu ao lado da mulher e filhos, lembrou que foi dia de São João Del
Rei; Marina Silva acompanhou a filha na PUC-Campinas onde ela faz um curso; e
na página de Dilma ficamos sabendo que a presidente foi citada em episódio da
série americana The Newsroom.
Entre as ruínas, a política vai
se movimentando.
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