Parlamentares pedirão o indiciamento de ao menos cinco envolvidos no
esquema de corrupção.
Partidos de oposição na Câmara e
no Senado vão apresentar, na próxima quarta-feira (17), relatório paralelo ao
da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Petrobras. No documento,
os parlamentares pedirão o indiciamento de pelo menos cinco envolvidos em
negócios ilegais com a estatal.
O anúncio foi feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que informou que o documento está sendo finalizado para ser apresentado no mesmo dia em que está prevista a votação do relatório oficial, do deputado Marco Maia (PT-RS).
O anúncio foi feito pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que informou que o documento está sendo finalizado para ser apresentado no mesmo dia em que está prevista a votação do relatório oficial, do deputado Marco Maia (PT-RS).
O relatório paralelo é iniciativa
de parlamentares do PSDB, DEM, PSB, PPS e SD. Em entrevista coletiva nesta
quinta-feira, Sampaio classificou de frágil o relatório, que, segundo ele, não
abordou questões “primordiais”.
O deputado antecipou que os
pedidos de indiciamento incluem os nomes do ex-diretor da estatal Paulo Roberto
Costa, do doleiro Alberto Youssef, do deputado cassado André Vargas, de Luiz
Argôlo, que teve a perda de mandato aprovada pelo Conselho de Ética, e de
empresários como Júlio Camargo, citado no esquema.
-Ele (Marco Maia) considerou
normal àquilo que, para o Tribunal de Contas da União, é sinônimo da maior
roubalheira ocorrida no país, que foi a compra da Refinaria de Pasadena. O
relator sequer abordou as doações de campanha feitas com dinheiro oriundo de
crimes praticados contra a Petrobras. Ele não abordou o envolvimento do Palácio
do Planalto, sendo que a Casa Civil recebeu um e-mail do delator Paulo Roberto
confessando o esquema de corrupção, e sequer o envolvimento do tesoureiro do PT
João Vaccari Neto, apontado pelos delatores como a pessoa que levava os 3% dos
contratos negociados por empreiteiras com a Petrobras para o Partido dos
Trabalhadores.
O deputado ressaltou que não
incluiu os nomes da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva porque não há elementos “identificadores” do envolvimento dos
dois.
- Não há elementos neste momento,
mas há uma clara evidência de que temos que avançar na investigação porque
ambos foram referidos pelo mais importante delator do esquema como pessoas que
tinham total ciência dos fatos.
O relatório paralelo também não
deve citar o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Segundo Carlos Sampaio, o possível envolvimento do ex-diretor será investigado
por uma nova CPI que a oposição pretende criar na próxima legislatura, a partir
de 1º de fevereiro.
- Por mais que se diga que tem o
Ministério Público e a Polícia Federal investigando, os mecanismos de uma CPMI
são infinitamente mais ágeis e, no que tange a agentes políticos, é o melhor
mecanismo para agilizar investigações, apontar culpados e iniciar processos de
cassação de todos parlamentares que comprovadamente assaltaram a Petrobras.
Sobre o relatório paralelo,
Sampaio explicou que tentará costurar um texto que seja analisado como um voto
em separado durante a votação do relatório final na próxima semana.
- Faremos a leitura para ver se
conseguimos a aprovação do plenário. Os membros da comissão que são ligados ao
governo não têm comparecido. Se tivermos a maioria simples do quórum de instalação
da sessão de quarta-feira e a mesma maioria para a votação, podemos ter
aprovado nosso relatório paralelo.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que seria uma leviandade incluir no relatório final da CPMI acusações contra o Palácio do Planalto, assim como afirmar que houve repasse de dinheiro a algum partido político.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que seria uma leviandade incluir no relatório final da CPMI acusações contra o Palácio do Planalto, assim como afirmar que houve repasse de dinheiro a algum partido político.
- Seria leviandade colocar no
relatório o envolvimento do Palácio do Planalto e o repasse de dinheiro a
partidos, se não temos elementos para confirmar que isso é verdade.
Fonte: R7.
Nenhum comentário:
Postar um comentário