COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
“TUDO COM ANTES: PREVALECERÁ A INDICAÇÃO DE MINISTROS”.
Nobres:
Dentro do tradicional conceito em que a presidente
Dilma Rousseff confirma a formação do seu ministério para o segundo mandato, os
brasileiros constatam que a política do aparelhamento da administração em troca
de apoio político continua predominando nas escolhas. Foi uma ilusão imaginar
que a indicação de técnicos capacitados para as pastas da Fazenda e do
Planejamento, no fim de novembro, representava uma mudança de rumo no sentido
da qualificação do primeiro escalão. Nada disso. Com o único propósito de
satisfazer os aliados partidários que lhe dão sustentação no Congresso, a
presidente vem promovendo intensas negociações com as siglas e entregando
ministérios a políticos sem qualquer afinidade com as áreas que comandarão. O mínimo
que se poderia esperar era um núcleo de gestores eficientes, com capacitação
profissional e ideias inovadoras. Infelizmente, o modelo político-eleitoral
vigente no país acaba transformando os governantes em reféns das organizações
partidárias que lhes dão sustentação. Nada impede, porém, que os recém-eleitos
façam uso da legitimidade conquistada nas urnas para romper esta dependência e
para imprimir mais objetividade e eficácia em suas administrações. O que se tem
visto até agora é muito decepcionante, talvez com a exceção dos ministros
escolhidos para a área econômica. Estes, entretanto, só poderão desempenhar a
contento suas atribuições se não forem obstaculizados pelos interesses
políticos que tendem a prevalecer quando os governantes se submetem à política
nefasta de partilha de cargos em troca de apoio.
O aparelhamento do Estado está na origem do inchaço da máquina pública, dos gastos excessivos e também da corrupção como replay.
Antônio
Scarcela Jorge.O aparelhamento do Estado está na origem do inchaço da máquina pública, dos gastos excessivos e também da corrupção como replay.
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