As
desonerações usadas pelo governo para enfrentar a crise, em 2013, superaram os
valores de 2012, passando para R$ 77 bilhões.
35,95% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2013. Os
cálculos são da Receita Federal e foram divulgados nesta sexta-feira (19). Em
2012, a carga tributária brasileira atingiu 35,86% do PIB.
Pelos números da Receita, o PIB
totalizou R$ 4,844 trilhões no ano passado, com os brasileiros desembolsando R$
1,741 trilhão para pagar os impostos.
A carga tributária da União respondeu
por 68,92% da arrecadação total, contra 69,06% em 2012. Os Estados responderam
por 25,29% ante os 24,44% do ano anterior e os municípios responderam por 5,79%
(5,77% em 2012).
As desonerações utilizadas pelo
governo para enfrentar a crise, em 2013, superaram em R$ 31,3 bilhões os
valores de 2012, passando para R$ 77,7 bilhões.
Pelos dados da Receita Federal,
em comparação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), o Brasil está em 13º lugar em termos da carga tributária.
Perde para a Dinamarca (48%),
França (45,3%), Itália (44,4%), Suécia (44,3%), Finlândia (44,1%), Áustria (43,2%),
Noruega (42,2%), Hungria (38,9%), Luxemburgo (37,8%), Alemanha (37,6%),
Eslovênia (37,4%) e Islândia (37,2%). Na América do Sul, o Brasil perde apenas
para a Argentina, com 37,3%.
A Receita alerta que as
comparações entre países devem ser feitas com cuidado, pois algumas espécies
tributárias existentes em um país podem não existir em outros.
Enquanto a Carga Tributária Bruta
manteve-se praticamente estável, informou a Receita, houve redução da Carga
Tributária Líquida (CTL) de 0,2 ponto percentual (de 20,01 % para 19,81% do
PIB).
A carga líquida é definida como o
valor da totalidade dos impostos, taxas e contribuições arrecadadas pelo
governo, deduzido dos subsídios ao setor privado e das transferências
previdenciárias e assistenciais, efetuadas pelo governo às famílias e às
instituições privadas sem fins lucrativos.
Brasil
cria, em média, 46 novas regras de tributos a cada dia útil. Isso dá quase 5 milhões de normas editadas no País,
desde a Constituição de 1988.
O Brasil criou 4.960.610 normas
para reger a vida do cidadão brasileiro, entre emendas constitucionais, leis
delegadas, complementares e ordinárias, medidas provisórias, decretos e normas
complementares e outros. Isso quer dizer que, em média, foram publicadas 522
normas a cada dia do período ou 782 normas por dia útil.
Só de normas tributárias, são
320.343. Uma média de 46 a cada dia útil, segundo o IBPT (Instituto Brasileiro
de Planejamento e Tributação). Outras 30.322 são de âmbito federal; 96.664
estadual e 193.357 municipal.
O coordenador do estudo,
Gilberto Luiz do Amaral, afirma que “se esse volume de leis fosse impresso em
papel formato A4 e letra tipo Arial 12, corresponderia a 5,8 quilômetros de
normas”.
Fonte: R7.
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