A Controladoria-Geral da União (CGU) requisitou <formalmente ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e
responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, informações sobre uma
planilha contendo lista de aproximadamente 750 obras públicas, apreendida com o
doleiro Alberto Youssef.
< Preso desde março, Youssef é apontando como operador
do esquema criminoso de cartel de empreiteiras, que superfaturava contratos da
Petrobras para pagamento de propina a partidos e agentes políticos.
De acordo com o juiz Moro, a lista sugere que o
esquema criminoso descoberto na Petrobras pode ter ocorrido em outras obras. Ao
todo, segundo ele, as obras relacionadas na lista apreendida com o doleiro
somam R$ 12 bilhões.
“Já solicitamos ao juiz Sérgio Moro essa famosa
planilha das 750 outras obras. Temos notícias pelos jornais, nem todas elas
federais. Há estaduais, internacionais. Mas, de qualquer maneira, já pedimos ao
juiz, formalmente, e temos certeza que ele vai compartilhar essa prova, como
tem compartilhado todas as outras, com exceção apenas dos depoimentos prestados
na delação premiada, que se encontram no Supremo Tribunal Federal”, disse o
ministro da CGU, Jorge Hage, após evento, em Brasília.
Perguntado se as obras com suspeita de irregularidade
poderiam ser paralisadas, Hage frisou que a lei não prevê a interrupção. “É
possível continuar o contrato? Entendemos que sim, desde que expurgadas todas
as gorduras de onde vem a propina”, ressaltou.
Segundo o ministro, as penas que a lei prevê não implicam,
necessariamente, na interrupção de obras em andamento. “Implicam no impedimento
[da empresa] de licitar ou contratar novas obras. Para as que estão em
andamento, no entendimento da CGU, o que o gestor [público] deve fazer é
renegociar os contratos se houver superfaturamento - sobrepreço embutido nas
parcelas futuras, naquelas por executar”, acrescentou Hage.
Fonte: Agência Brasil.
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