Presidente participou nesta tarde da Cúpula do MERCOSUL, na Argentina. Obama
e Castro anunciaram restabelecimento das relações diplomáticas.
A presidente Dilma Rousseff elogiou nesta quarta-feira (17) o anúncio dos presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, de retomada das relações diplomáticas entre os dois países após 53 anos. O embargo comercial, porém, permanecerá.
"Acredito que isso é um marco nas relações aqui da nossa região, mas,
sobretudo, do mundo, porque eu acredito que a possibilidade de relacionamento,
o fim do bloqueio, o fato de que Cuba tem, hoje, condições plenas de conviver
na comunidade internacional é algo extremamente relevante para o povo cubano e,
acredito, para toda a América Latina", disse a presidente, após
participar da Cúpula do Mercosul, em
Paraná (Argentina).
Barack Obama confirmou que Cuba libertou nesta quarta o prisioneiro americano Alan Gross e, em troca, três agentes de inteligência cubanos que estavam presos nos Estados Unidos voltaram à ilha. A transferência de Gross e dos cubanos Luis Medina, Gerardo Hernandez e Antonio Guerrero foram concluídas.
Obama também disse que espera um debate sério do Congresso norte-americano para que levante o embargo que o país mantém a Cuba, que proíbe a maioria das trocas comerciais. Os dois países não se relacionavam desde 1962 - mantendo apenas seções de interesse de nível menor desde 1977 em suas respectivas capitais.
Barack Obama confirmou que Cuba libertou nesta quarta o prisioneiro americano Alan Gross e, em troca, três agentes de inteligência cubanos que estavam presos nos Estados Unidos voltaram à ilha. A transferência de Gross e dos cubanos Luis Medina, Gerardo Hernandez e Antonio Guerrero foram concluídas.
Obama também disse que espera um debate sério do Congresso norte-americano para que levante o embargo que o país mantém a Cuba, que proíbe a maioria das trocas comerciais. Os dois países não se relacionavam desde 1962 - mantendo apenas seções de interesse de nível menor desde 1977 em suas respectivas capitais.
Em declaração à imprensa, Dilma
citou críticas à construção do Porto de Mariel, em Cuba, e que contou com
recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).
"Algo que foi tão criticado durante a campanha eleitoral, que foi o Porto de Mariel, mostra, hoje, a sua importância para toda a região e para o Brasil, na medida em que hoje o Porto de Mariel é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos", disse a presidente.
"Algo que foi tão criticado durante a campanha eleitoral, que foi o Porto de Mariel, mostra, hoje, a sua importância para toda a região e para o Brasil, na medida em que hoje o Porto de Mariel é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos", disse a presidente.
Política 'antiquada'
Barack Obama disse que a
normalização das relações com Cuba encerra uma "abordagem antiquada"
da política externa americana. Ao justificar a decisão, o presidente disse que
a política "rígida" dos EUA em relação a Cuba nas últimas décadas
teve pequeno impacto. O presidente americano afirmou acreditar que os EUA
poderão ajudar o povo cubano.
"A mudança é difícil nas nossas vidas e na vida das nações. E a mudança é ainda mais difícil quando nós carregamos a carga pesada da história nos nossos ombros. Mas hoje nós estamos fazendo essas mudanças porque é a coisa certa a fazer", disse
Em Havana, Raúl Castro comentou o restabelecimento de relações diplomáticas e disse querer restabelecer os vínculos especialmente no que se refere a viagens, correio postal direto e telecomunicações.
'Profundas diferenças'
"A mudança é difícil nas nossas vidas e na vida das nações. E a mudança é ainda mais difícil quando nós carregamos a carga pesada da história nos nossos ombros. Mas hoje nós estamos fazendo essas mudanças porque é a coisa certa a fazer", disse
Em Havana, Raúl Castro comentou o restabelecimento de relações diplomáticas e disse querer restabelecer os vínculos especialmente no que se refere a viagens, correio postal direto e telecomunicações.
'Profundas diferenças'
Castro disse ainda que reconhece
que há "profundas diferenças" entre os dois países,
"fundamentalmente em matéria de soberania nacional, democracia, direitos
humanos e política exterior".
O presidente cubano ainda disse que a ilha vai libertar e mandar para os EUA um homem de origem cubana que espionou para os americanos.
O presidente cubano ainda disse que a ilha vai libertar e mandar para os EUA um homem de origem cubana que espionou para os americanos.
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