SÃO PAULO - A candidata do PSB à
Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que o
governo manteve uma “quadrilha” na Petrobras e disse querer que as
investigações fossem rigorosas para apurar o escândalo. Segundo o ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato da Polícia Federal,
dezenas de políticos, entre governadores, ministros e parlamentares, teriam
recebido propina em contratos da empresa. Um dos nomes citados é o do
ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo e sucedido por
Marina na corrida presidencial. A candidata citou o Novo Testamento ao falar
sobre Campos: “conheceis a verdade e ela vos libertará”.
Quem manteve toda essa quadrilha
que está acabando com a Petrobras foi o atual governo disse Marina, que tem
evitado associar o nome da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição
pelo PT, nas críticas ao escândalo: - Queremos que as investigações sejam
feitas com todo rigor. Doa a quem doer.
Ao ser questionada pelos
jornalistas sobre sua postura de poupar Dilma, Marina disse que não queria ser
"leviana" e lembrou escândalos envolvendo o PT e o PSDB:
Eu quero que todos esses casos,
seja o mensalão da época do Lula, seja o mensalão do PSDB em Minas Gerais, seja
esse caso lamentável da Petrobras, de destruição de uma empresa que era
respeitada dentro do Brasil, sejam investigados e punidos os culpados.
As declarações foram feitas à
imprensa durante visita a uma creche conveniada da prefeitura de São Paulo, no
centro da capital paulista. No local, Marina criticou o governo por não ter
cumprido a meta de creches apresentada por Dilma na campanha eleitoral de 2010.
Das 6.000, só foram feitas 400 e 700 estão em obras.
Apesar da crítica, a candidata
evitou se comprometer com um número de creche que seriam feitas em seu eventual
governo.
Não é uma questão de promessa. Eu
nunca caí nessa pressão de apresentar um número.
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