Às vezes, apenas promessas,
ataques contra adversários e uma militância ativa não são o bastante para uma
disputa eleitoral, então é preciso também buscar reforço de fora. É por isso
que nas eleições vemos candidatos à Presidência da República angariando apoio
entre os mais variados artistas, intelectuais e outras personalidades como uma
forma de respaldar suas candidaturas e, quem sabe, conquistar alguns preciosos
votos.
Em 2014, os três principais candidatos à Presidência da República - Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) - colecionaram juntos uma constelação de celebridades, puxando, cada um para seu lado, uma boa parcela de famosos. (Veja alguns exemplos abaixo)
Em 2014, os três principais candidatos à Presidência da República - Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) - colecionaram juntos uma constelação de celebridades, puxando, cada um para seu lado, uma boa parcela de famosos. (Veja alguns exemplos abaixo)
Mas, afinal, qual o impacto de
uma personalidade a favor de uma campanha política? De um lado, há o caso
desastroso do “Eu tenho medo” durante a disputa presidencial do PSDB em 2002,
quando a atriz Regina Duarte fez um apavorado vídeo, a favor de José Serra,
dizendo temer pelas incertezas de uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), de “perder toda a estabilidade que já foi conquistada.”
De outro, houve um tempo em que
união de artistas foi significativa, como aconteceu, em grande parte, com Lula
nas diretas de 1989 contra Fernando Collor de Mello. Apesar de ter perdido as
eleições, boa parte da força de Lula para ir ao segundo turno foi angariada
junto a artistas e intelectuais militantes que apoiavam o líder sindical.
Mas, frente aos limites dessa
estratégia de marketing político, é bom não contar muito com isso. “Nas
eleições de 1989 a presença dos artistas foi marcante, principalmente em apoio
ao Lula, tanto que vários jingles foram criados, várias canções foram
trabalhadas”, disse Vera Chaia, professora de política e pesquisadora do Número
de Estudos em Arte, Mídia e Polícia (Neamp) da PUC-SP. “Não foi suficiente… em
89 ele não tinha apoio da imprensa nem dos empresários”, afirmou a professora,
que há anos acompanha o assunto. A verdade é que, atualmente, ganhar apoio de
celebridades é muito bom para exposição pública, mas tem pouco efeito direto
nas urnas.
Claro, o célebre Gilberto Gil
compôs um jingle para a campanha de Marina Silva, enquanto os famosos
Chitãozinho e Xororó, junto a outros sertanejos, cantam para Aécio. Dilma
também não tem economia de artistas declarados do seu lado, como Beth Carvalho,
Alcione e Otto.
“Isso tem um percentual muito
pequeno de influência na decisão do eleitor, não chega a fazer muita
diferença”, disse o consultor de marketing político Sandro Gianelli. “É apenas
mais uma ferramenta (de propaganda) política.”
Vera, da PUC, concorda: “A
presença foi importante, mas não tem o mesmo impacto que teve antes.”
Mesmo, os candidatos buscam esse
endosso artístico para ganhar mais exposição na mídia. "Certos apoios são
importantes para dar mais visibilidade, não necessariamente para puxar voto”,
disse a professora
Apoio a Dilma Rousseff (PT):
- Marieta Severo (atriz)
- Camila Pitanga (atriz)
- Chico Buarque (cantor e compositor)
- Alcione (cantora)
- Henri Castelli (ator)
Apoio a Marina Silva (PSB):
- Leandra Leal (atriz)
- Gilberto Gil (cantor e compositor)
- Caetano Veloso (cantor e compositor)
- Marcos Palmeira (ator)
- Marco Nanini (ator)
- Maitê Proença (atriz)
Apoio a Aécio Neves (PSDB):
- Ronaldo (ex-jogador)
- Wanessa Camargo (cantora)
- Zico (ex-jogador)
- Chitãozinho e Xororó (dupla sertaneja)
- Zezé di Camargo (cantor).
Fonte: Yahoo Brasil.
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