COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
JUSTIFICAÇÃO DAS PESQUISAS.
Nobres:
Quer queira ou
não! – “transparentemente” o povo brasileiro “aprendeu” a conviver com as
pesquisas. Em tese; as amostragens, como parte importante do exercício das
liberdades, foram então incorporadas ao contexto eleitoral com previsível
desconfiança. Durante muito tempo, parcela importante da sociedade observou as
pesquisas como instrumento a serviço de algum interesse. É um receio que os
próprios institutos ajudaram a difundir quando não foram suficientemente
transparentes em relação aos métodos utilizados. O amadurecimento do processo
democrático acabou por aperfeiçoar também o trabalho dos institutos, com a
depuração do mercado e o respeito conquistado pelos organismos que sustentam suas
atividades nos acertos de suas amostras e na reputação daí decorrente. Desconfianças
que ainda se manifestam, às vésperas da eleição, são reações previsíveis,
geralmente provocadas por resultados que desagradam a determinados partidos. O
que importa é que cada vez mais as pesquisas passam a ser decisivas para a
compreensão dos movimentos do eleitor, para a medição de expectativas e para o
aprofundamento da reflexão em torno da política e seus protagonistas. Infelizmente
deixa o viés da compra do voto como o eleitor “sabido” aprendeu por excelência
e/ou uma lástima, onde segmentos sentem a ausência da saúde e sem educação,
plataforma da marginalidade de políticos profissionais para se instar. Para dá
mais conteúdo concernentes às pesquisas, que faz o rol de discussão para esse
comentário, que consultas populares já não se restringem, há muito tempo, a
perscrutar o que o eleitor pensa sobre possíveis escolhas, mas também em relação
a expectativas e demandas. O eleitor sabe, igualmente, que as pesquisas,
presentes com frequência nos noticiários, não resultam de produção
jornalística, mas são informações importantes para a elaboração de conteúdos.
Observe-se ainda que os levantamentos ao que nos transparece têm rígida
vigilância da Justiça Eleitoral, o que lhes assegura confiabilidade. Mas isso
não significa que possam substituir as vontades do eleitor, que se manifestam, ou
não, livremente nas urnas. No entanto, as pesquisas são parte de um conjunto de
instrumentos a serviço da liberdade de expressão e do aprimoramento da
democracia que o eleitor, talvez saiba aproveitar.
Antônio Scarcela
Jorge.
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