IDÉIAS.
O NOBRE POLÍTICO
A política brasileira está podre.
A constatação, triste, acaba de ser poderosamente confirmada pelas revelações
feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Em resumo, amigo leitor, durante
oito anos - de 2004 a 2012 - os contratos da maior empresa brasileira com
grandes empreiteiras eram usados como fonte de propina para partidos e
políticos. Dá para entender as razões da crise da Petrobras.
É pilhagem, saque, puro
banditismo. Atinge em cheio os governos de Dilma e Lula. O novo escândalo é a
ponta do iceberg de algo mais profundo: o sistema eleitoral brasileiro está
bichado e só será reformado se a sociedade pressionar para valer. Hoje,
teoricamente, as eleições são livres, embora o resultado seja bastante
previsível. Não se elegem os melhores, mas os que têm mais dinheiro para
financiar campanhas sofisticadas e milionárias. Indignação? Desencanto? É
Óbvio. O macro escândalo da Petrobrás promete. O mensalão vai parecer um
berçário. Ao divulgar as revelações do ex-diretor da Petrobras, a imprensa
cumpre um papel relevante: impede que o escândalo fique na gaveta de uma CPI do
Congresso. Existem razões para otimismo? Acho que sim. A Lei da Ficha Limpa
começa a dar seus primeiro frutos. Paulo Maluf e José Roberto Arruda, entre
outros, podem estar fora das próximas eleições.
A promiscuidade entre políticos e
empresas parece estar com os dias contados. O Supremo Tribunal Federal (STF),
provavelmente, votará pelo fim das doações de empresas, na ação movida nesse
sentido pela OAB. A imprensa de qualidade, livre e independente, está aí.
Incomodando. Felizmente.
Carlos
Alberto Di Franco
Doutor em comunicação.
VERGONHA
Rui Barbosa, há mais de um
século, já dizia: "De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver
agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra,
desanimar-se da justiça e ter vergonha de ser honesto". Passados tantos
anos, o Brasil continua vivenciando essa situação. Mas para esses males há
solução. É só não reeleger corruptos, embora o eleitor tenha que enfrentar
dificuldades impostas pela própria justiça eleitoral. (Comentário por e-mail).
José Admir de
Paula
Paracuru-CE.
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