segunda-feira, 15 de setembro de 2014

DN. IDÉIAS E OPINIÃO

 DN. COLUNA -

IDÉIAS.


O NOBRE POLÍTICO

A política brasileira está podre. A constatação, triste, acaba de ser poderosamente confirmada pelas revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Em resumo, amigo leitor, durante oito anos - de 2004 a 2012 - os contratos da maior empresa brasileira com grandes empreiteiras eram usados como fonte de propina para partidos e políticos. Dá para entender as razões da crise da Petrobras.

É pilhagem, saque, puro banditismo. Atinge em cheio os governos de Dilma e Lula. O novo escândalo é a ponta do iceberg de algo mais profundo: o sistema eleitoral brasileiro está bichado e só será reformado se a sociedade pressionar para valer. Hoje, teoricamente, as eleições são livres, embora o resultado seja bastante previsível. Não se elegem os melhores, mas os que têm mais dinheiro para financiar campanhas sofisticadas e milionárias. Indignação? Desencanto? É Óbvio. O macro escândalo da Petrobrás promete. O mensalão vai parecer um berçário. Ao divulgar as revelações do ex-diretor da Petrobras, a imprensa cumpre um papel relevante: impede que o escândalo fique na gaveta de uma CPI do Congresso. Existem razões para otimismo? Acho que sim. A Lei da Ficha Limpa começa a dar seus primeiro frutos. Paulo Maluf e José Roberto Arruda, entre outros, podem estar fora das próximas eleições.

A promiscuidade entre políticos e empresas parece estar com os dias contados. O Supremo Tribunal Federal (STF), provavelmente, votará pelo fim das doações de empresas, na ação movida nesse sentido pela OAB. A imprensa de qualidade, livre e independente, está aí. Incomodando. Felizmente.

Carlos Alberto Di Franco
Doutor em comunicação.


VERGONHA

Rui Barbosa, há mais de um século, já dizia: "De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da justiça e ter vergonha de ser honesto". Passados tantos anos, o Brasil continua vivenciando essa situação. Mas para esses males há solução. É só não reeleger corruptos, embora o eleitor tenha que enfrentar dificuldades impostas pela própria justiça eleitoral. (Comentário por e-mail).

José Admir de Paula
Paracuru-CE.


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