quinta-feira, 25 de setembro de 2014

BRASIL "MERITORIAMENTE" CORRUPTO - TÁTICA ACERTADA - MAIS CORRUPÇÃO É MOTIVO PARA CANDIDATA MELHOR PONTUAR

MP E YOUSSEF FECHAM ACORDO DE DELAÇÃO
PREMIADA.

O presidente da CPI da Petrobras apresentará projeto de lei para garantir às CPIs acesso às delações premiadas.


Brasília. O doleiro Alberto Youssef assinou ontem em Curitiba (PR) um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em troca de redução da pena de prisão. Youssef foi preso em março durante a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

O acordo de delação premiada será homologado pela Justiça se, depois da fase dos depoimentos, ficar comprovada a veracidade das informações que Youssef fornecer. O acordo foi assinado um dia após a defesa revelar que o doleiro tinha essa pretensão.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos defensores de Youssef, disse na terça-feira que decidiu deixar o caso depois de ter sido informado por intermediários do doleiro de que o cliente estava decidido a fazer acordo de delação premiada. O advogado não concorda com a estratégia.

Kakay ingressou na semana passada com um pedido de habeas corpus em favor de Youssef no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo do advogado era anular todas as provas da Operação Lava-Jato, que, para ele, são ilegais.

Paulo Roberto Costa

Outro dos presos na operação Lava Jato Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, também fez um acordo de delação premiada. No fim de agosto, ele começou a prestar depoimentos que se encerraram há uma semana, com base em acordo de delação premiada, a policiais federais e procuradores da República.

Nesses depoimentos, já teria delatado senadores, deputados, governadores e um ministro, supostos beneficiários de recebimento de propina de um esquema de corrupção na empresa. Costa teria intermediado contratos da estatal com empresas de fachada de Youssef.

Ele também revelou nos depoimentos, segundo o Jornal Nacional, que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Costa decidiu colaborar com as investigações na expectativa de obter redução da pena. No último dia 17, convocado pela CPI da Petrobras, ele compareceu para depor no Congresso, mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares.

Projeto de acesso

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirmou que vai apresentar projeto de lei para garantir às comissões de inquérito acesso total ao conteúdo de delações premiadas.

A decisão ocorre um dia após uma comitiva da CPI ter se reunido com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, o ministro do STF Teori Zavascki, que é relator de todos os recursos que envolvem a Lava-Jato, da Polícia Federal, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na reunião realizada na noite de terça, integrantes da CPI não obtiveram qualquer prazo para terem acesso ao conteúdo das declarações de Costa.

O presidente da comissão disse que serão apresentados três projetos de lei para acelerar a tramitação: um no relatório final da CPI, outro por ele mesmo no Senado e um último na Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Globo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário