Candidata participou de ato de campanha nesta terça em São Paulo.
A candidata do PSB à Presidência
da República, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (16) que os adversários
fazem "marketing selvagem" na campanha. A candidata disse que o
"remédio" para esse tipo de marketing, segundo ela, é o discernimento
da sociedade e que não "tem meios" para explicar as críticas
que recebe da candidata do PT, a presidente Dilma Rousseff, e do candidato do
PSDB, Aécio Neves.
“Eu estou vendo acontecer o
marketing selvagem. No marketing selvagem, não existe argumentos. O único
remédio para o marketing selvagem é o discernimento, e a sociedade brasileira
está sendo confrontada pelo marketing selvagem para ter discernimento. Mas é o
discernimento da pessoa. Não é que eu vou conseguir explicar. Não tenho meios
para isso. De tudo o que eu falo, não adianta nada. Daqui a pouco eu vou ter
que explicar o que a Dilma disse, o que o Aécio disse sobre o nosso programa,
sobre mim", afirmou Marina, que participou de um bate-papo com jovens
empreendedores em São Paulo.
Marina também criticou, de forma
irônica, o fato de, segundo a candidata, os adversários atribuírem a ela a
intenção de acabar com programas sociais do governo, com projetos de
infraestrutura e de não explorar petróleo do o pré-sal.
"Com certeza, vocês já viram
que vou acabar com o pré-sal, com o Minha Casa Minha Vida, com o Bolsa Família,
com o Mais Médicos, parar com a transposição do rio São Francisco, parar com a Transnordestina.
Só se eu fosse a exterminadora do futuro”, afirmou.
A candidata fez também crítica
específica ao PT. Ela disse que o partido promoveu uma atualização da política
na década de 80, mas que agora repete fórmulas e se torna
"conservador".
"Na década de 80, o PT tinha
a palavra nova e produziu um processo de atualização. Alguém consegue imaginar
a estrutura sindical no mesmo padrão getulista? Consegue imaginar a política
sendo exercitada pelos mesmos grupos? Houve uma atualização. O problema é que o
sucesso é um problema, porque, quando você tem sucesso, a tendência é repetir a
fórmula. Ao repetir a fórmula, você se transforma em um conservador e não
consegue mais perceber a palavra nova. E ela virá de alguma forma”, disse.
Reformas na legislação trabalhista.
Marina disse também que sua
coligação discute uma atualização na legislação trabalhista. A candidata, no
entanto, não deu detalhes de quais modificações seriam feitas.
Ela disse que, "se fosse
fácil" realizar reformas, o "sociólogo" teria feito reforma
política e o "operário" teria feito feito reforma trabalhista, numa
referência aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da
Silva.
“Em relação às leis trabalhistas,
nós estamos em discussão. Não temos ainda um posicionamento na nossa aliança. O
que eu posso repetir é que queremos fazer com que esse debate, que não é só da
nossa aliança, possa ser feito em favor dos trabalhadores e em favor do processo
produtivo, que possa ser cada vez mais vigoroso e próspero. Esse é o esforço.
Não é uma equação fácil. Se fosse fácil fazer as reformas, o sociólogo teria
feito a reforma política e o operário teria feito a reforma trabalhista”,
afirmou Marina.
“Queremos preservar as conquistas
dos trabalhadores e queremos fazer uma atualização que considere o diálogo, o
debate de algo que tem um nível de complexidade muito grande”, completou.
Fonte: G1.
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