As denúncias de corrupção na Petrobras foram o tema preferencial dos
ataques à petista.
Sob a mira constante dos
adversários, Dilma, candidata à reeleição pelo PT, pediu por quatro vezes
direito de resposta, sendo atendida em somente um deles. As denúncias de
corrupção na Petrobras foram o tema preferencial dos ataques à petista, mas ela
também foi criticado em outras áreas como segurança pública, política externa e
energia.
“Ao longo da minha vida, eu tenho
tido tolerância zero com a corrupção”, disse Dilma em uma de suas respostas
sobre as acusações de irregularidades na Petrobras.
A presidente disse ter sido “a
única” candidata a apresentar propostas de combate à corrupção, como a
criminalização do caixa dois eleitoral.
Mas a presidente não gastou seu
tempo só para se defender. Ela também criticou seus dois principais rivais em
um debate que teve uma série de duelos diretos entre ela, Marina e Aécio.
Contra Marina, a presidente
cobrou coerência e acusou a rival de mudar de posição com frequência. Contra
Aécio, Dilma rebateu as críticas sobre a economia e disse que o governo do
PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “quebrou o país por três
vezes”.
Já Aécio concentrou sua
artilharia muito mais em Dilma do que em Marina, num movimento que foi
comentado após o debate pelo coordenador da campanha marineira, Walter Feldman.
“Eu acredito que foi mais leve em
relação aos outros debates, mas principalmente nos programas de televisão, a
Marinha vinha sendo muito atacada pelo PSDB, o que não é correto do ponto de
vista das mudanças que o Brasil precisa fazer que, neste momento, é tirando
Dilma”, comentou.
Apesar de ter poupado a candidata
do PSB, Aécio usou suas considerações finais para afirmar que Dilma e Marina
brigam entre si, embora ele próprio tenha criticado por diversas vezes a
presidente.
“Eu me preparei para brigar do
seu lado”, afirmou o tucano, dirigindo-se ao telespectador.
PRIVATIZAÇÃO
Dilma, que chegou a olhar algumas
vezes para anotações durante suas considerações finais, tentou usar a velha
estratégia petista de que o PSDB é favorável à privatização da Petrobras, mas
acabou dando a Aécio a chance de atacá-la por conta das denúncias de corrupção
na empresa.
“As denúncias não cessam”,
disparou o tucano, lembrando que Dilma foi presidente do Conselho de Administração
da estatal quando era ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Há
um sentimento de indignação”, completou.
Outros candidatos também foram
para cima de Dilma por conta das denúncias envolvendo a Petrobras, como Levy
Fidelix (PRTB) e pastor Everaldo (PSC).
Marina voltou a criticar o que
chamou de “boatos e mentiras” que estariam sendo divulgadas a seu respeito
pelos rivais e afirmou que a política de Dilma para o setor de etanol foi um
“fracasso”.
Sobre as afirmações de que ela
acabaria com o Bolsa Família, ela afirmou que, em seu governo, quem decidirá
sobre a manutenção do programa será “a sociedade”, mas prometeu que manterá as
conquistas alcançadas em outros governos.
Aécio não perdeu a oportunidade
para se mostrar mais firme que a candidata do PSB, ao dizer num governo seu, “
serei eu que vou decidir” e garantiu que não somente vai manter o Bolsa Família
como vai aprimoro.
Fonte: Reuters.
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