segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SUCESSÃO PRESIDENCIAL - DEBATE (BATE-BOCA) ELEITORAL

 DILMA VIRA PRINCIPAL ALVO E AÉCIO POUPA MARINA EM DEBATE.

As denúncias de corrupção na Petrobras foram o tema preferencial dos ataques à petista.

Sob a mira constante dos adversários, Dilma, candidata à reeleição pelo PT, pediu por quatro vezes direito de resposta, sendo atendida em somente um deles. As denúncias de corrupção na Petrobras foram o tema preferencial dos ataques à petista, mas ela também foi criticado em outras áreas como segurança pública, política externa e energia.

“Ao longo da minha vida, eu tenho tido tolerância zero com a corrupção”, disse Dilma em uma de suas respostas sobre as acusações de irregularidades na Petrobras.

A presidente disse ter sido “a única” candidata a apresentar propostas de combate à corrupção, como a criminalização do caixa dois eleitoral.

Mas a presidente não gastou seu tempo só para se defender. Ela também criticou seus dois principais rivais em um debate que teve uma série de duelos diretos entre ela, Marina e Aécio.

Contra Marina, a presidente cobrou coerência e acusou a rival de mudar de posição com frequência. Contra Aécio, Dilma rebateu as críticas sobre a economia e disse que o governo do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “quebrou o país por três vezes”.

Já Aécio concentrou sua artilharia muito mais em Dilma do que em Marina, num movimento que foi comentado após o debate pelo coordenador da campanha marineira, Walter Feldman.

“Eu acredito que foi mais leve em relação aos outros debates, mas principalmente nos programas de televisão, a Marinha vinha sendo muito atacada pelo PSDB, o que não é correto do ponto de vista das mudanças que o Brasil precisa fazer que, neste momento, é tirando Dilma”, comentou.

Apesar de ter poupado a candidata do PSB, Aécio usou suas considerações finais para afirmar que Dilma e Marina brigam entre si, embora ele próprio tenha criticado por diversas vezes a presidente.

“Eu me preparei para brigar do seu lado”, afirmou o tucano, dirigindo-se ao telespectador.

PRIVATIZAÇÃO

Dilma, que chegou a olhar algumas vezes para anotações durante suas considerações finais, tentou usar a velha estratégia petista de que o PSDB é favorável à privatização da Petrobras, mas acabou dando a Aécio a chance de atacá-la por conta das denúncias de corrupção na empresa.

“As denúncias não cessam”, disparou o tucano, lembrando que Dilma foi presidente do Conselho de Administração da estatal quando era ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Há um sentimento de indignação”, completou.

Outros candidatos também foram para cima de Dilma por conta das denúncias envolvendo a Petrobras, como Levy Fidelix (PRTB) e pastor Everaldo (PSC).

Marina voltou a criticar o que chamou de “boatos e mentiras” que estariam sendo divulgadas a seu respeito pelos rivais e afirmou que a política de Dilma para o setor de etanol foi um “fracasso”.

Sobre as afirmações de que ela acabaria com o Bolsa Família, ela afirmou que, em seu governo, quem decidirá sobre a manutenção do programa será “a sociedade”, mas prometeu que manterá as conquistas alcançadas em outros governos.

Aécio não perdeu a oportunidade para se mostrar mais firme que a candidata do PSB, ao dizer num governo seu, “ serei eu que vou decidir” e garantiu que não somente vai manter o Bolsa Família como vai aprimoro.

Fonte: Reuters.


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