sábado, 13 de setembro de 2014

NOVA PESQUISA - IBOPE

 NO 1º TURNO
DILMA TEM 39% E MARINA SILVA, 31%, DIZ IBOPE.

Segundo a pesquisa da CNI/Ibope, as duas estariam em empate técnico em um eventual segundo turno.

Brasília. A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, lidera as intenções de voto para o primeiro turno, com 39%, contra 31% de Marina Silva (PSB) e as duas estão em empate técnico na simulação de uma segunda rodada de votação, mostrou ontem a pesquisa CNI/Ibope. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, aparece em terceiro lugar com 15% das intenções de voto.

A menos de um mês da eleição, havia expectativa entre os tucanos que a denúncia envolvendo a Petrobras e políticos da base aliada de Dilma no Congresso pudesse ter influência eleitoral a favor do PSDB, mas os números indicam que isso não aconteceu, pelo menos por ora.

"Aparentemente pelo que a gente está vendo não (teve nenhum impacto da denúncia). Não teve praticamente nenhuma mudança dos patamares (de intenção de voto)", disse o gerente executivo de pesquisas e competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.

"Eu vi a denúncia e não vi muita discussão sobre o assunto", acrescentou Fonseca.

Informações obtidas com vazamentos de depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa mostraram que políticos e partidos aliados ao governo petista receberiam uma espécie de "pedágio" por contratos fechados com a estatal.
Mas Fonseca não descartou que possa vir a ocorrer impacto eleitoral, ainda que isso "vai depender muito" de como a denúncia evoluir.

Empate no 2º turno

A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria também mostrou que Marina e Dilma estão em empate técnico numa simulação de segundo turno. A candidata do PSB tem 43% contra 42% da petista.

Numa eventual disputa de segundo turno contra Aécio, as duas candidatas venceriam com folga a eleição. Dilma teria 48% contra 33%. Marina venceria com diferença ainda maior: 51% a 27%.

A última pesquisa eleitoral contratada pela CNI é de junho, o que impede a comparação dos cenários eleitorais anteriores, já que o candidato do PSB à época era Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo em agosto, em Santos.

Recuperação

Comparando os números divulgados ontem, com a pesquisa Ibope publicada na semana passada - que havia sido encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo - as variações ficaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

Naquele levantamento, para o primeiro turno Dilma tinha 37%, Marina somava 33% e Aécio 15%. Na simulação de segundo turno, a candidata do PSB derrotava a presidente por 46 a 39 por cento.

Os novos números reforçam que Dilma recuperou um pouco de terreno, como pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira já tinha mostrado. Naquela sondagem Marina mantinha vantagem numérica sobre a presidente na simulação de segundo turno, mas no limite da margem de erro: 47% a 43% - na anterior a candidata do PSB vencia o segundo turno por 48% a 41% por cento.

Apesar da grande vantagem de Dilma e Marina sobre Aécio, Fonseca disse que ainda não é possível garantir que a eleição no primeiro turno já está definida e que já é certo um segundo turno entre Marina e Dilma.

"Não está resolvido, tem uma quantidade grande de indecisos e (eleitores) que podem mudar de opinião", argumentou.

Se Dilma mostrou uma melhora marginal nas pesquisas mais recentes, seu índice de rejeição na pesquisa CNI/Ibope ainda é o maior entre os principais candidatos. O levantamento mostra que 42% das pessoas não votariam de jeito nenhum na presidente. A rejeição de Aécio é de 35% e a de Marina 26%.

Avaliação de governo

De acordo com a pesquisa desta sexta, a avaliação ótima/boa do governo Dilma subiu para 38 por cento em setembro, ante 31 por cento de junho, enquanto a avaliação ruim/péssimo caiu de 33 por cento para 28 por cento. O percentual de eleitores que consideram o governo regular variou dentro da margem de erro, de 34 por cento para 33 por cento.
Quando comparadas com o levantamento Ibope da semana passada, as taxas oscilaram dentro da margem de erro. Avaliação ótima/boa era de 36 por cento, ruim/péssima estava em 26 por cento e a regular era de 37 por cento.

Os números desta manhã mostraram que a aprovação pessoal de Dilma subiu de 44 por cento em junho para 48 por cento, e a desaprovação caiu de 50 por cento para 46 por cento.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas, em 142 cidades, entre 5 e 8 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

OPINIÃO DO ESPECIALISTA

Candidata do PSB pode ter atingido teto

A Marina cresceu inicialmente, nem tanto por conta do impacto da morte de Eduardo Campos, mas em uma faixa do eleitorado que deu a ela 20% dos votos na eleição passada. Não me parece que tenha crescido pela comoção, mas simplesmente porque a candidatura foi posta. Muitas pessoas não sabiam que ela era candidata e, na medida em que tomaram conhecimento, declararam voto a ela. Além disso, o PSB não disse de bate-pronto que ela seria a postulante. Então, cresceu com o eleitorado dela, mas essa parcela tem um teto e Marina está chegando a esse teto. A queda mais recente da candidata do PSB está dentro da margem de erro, o que mostra que tem um eleitorado com voto consolidado. A Dilma cresceu porque herdou alguns votos do Aécio. Parte do eleitor dele se desiludiu das possibilidades de vitória tucana e optou por Dilma, em relação à Marina. A Dilma cresceu também porque o PT reagiu e passou a atuar mais fortemente junto a prefeitos, governadores, cabos eleitorais e militantes.

Fonte: IBOPE (dados)

Nenhum comentário:

Postar um comentário