Deputado do PMDB prometeu em discurso ser independente do governo.
Ele, porém, destacou que independência não significará oposição.
Ele, porém, destacou que independência não significará oposição.
O posto de presidente da Câmara
dos Deputados é estratégico para o governo federal por definir os projetos que
irão ao plenário e ditar o ritmo de votações. Na votação, Cunha derrotou outros
três candidatos, incluindo o representante governista, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), que recebeu 136 votos. O candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), ficou
em terceiro lugar, com 100 votos, e o do PSOL, Chico Alencar (RJ), em quarto,
com oito votos. Dois deputados votaram em branco.
Após a vitória de Cunha ser
anunciada, o novo presidente da Câmara disse que “o parlamento soube reagir no
voto” à tentativa do governo de impedir a sua vitória. Ele afirmou, porém, que
esse “é um episódio virado” e que ele e seus aliados não devem “fazer disso
nenhum tipo de batalha.”
O peemedebista reforçou sua bandeira de campanha, de que garantirá “independência” ao Legislativo face ao Executivo. “A gente deixou muito claro que ia buscar altivez e independência do parlamento. Aqui é palco de exercer os grandes debates que a Casa precisa e vai fazer. Nunca em nenhum momento falamos que seríamos oposição. Não falamos também que seríamos submissos”, afirmou.
O peemedebista reforçou sua bandeira de campanha, de que garantirá “independência” ao Legislativo face ao Executivo. “A gente deixou muito claro que ia buscar altivez e independência do parlamento. Aqui é palco de exercer os grandes debates que a Casa precisa e vai fazer. Nunca em nenhum momento falamos que seríamos oposição. Não falamos também que seríamos submissos”, afirmou.
Com a eleição, Cunha se torna o
segundo na linha de sucessão do presidente da República - assumirá o comando do
Executivo na ausência de Dilma e do vice-presidente Michel Temer. Nos últimos
dois anos, o ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ocupou
a Presidência da República em duas ocasiões.
A gente deixou muito claro que ia
buscar altivez e independência do parlamento. Aqui é palco de exercer os
grandes debates que a Casa precisa e vai fazer. Nunca em nenhum momento falamos
que seríamos oposição. Não falamos também que seríamos submissos" Eduardo
Cunha, presidente eleito da Câmara dos Deputados.
A atribuição de selecionar os
projetos e propostas de emenda à Constituição que serão apreciadas em plenário
é exclusiva do presidente da Câmara, após consulta a líderes partidários. Por
isso, o nível de entrosamento e alinhamento ideológico com o governo federal
pode facilitar ou dificultar a aprovação de programas federais que exijam o
aval do Congresso Nacional.
Como é o presidente da Casa que
também dita o ritmo das votações - pode acelerar ou retardar as sessões -,
medidas provisórias podem ser aprovadas com rapidez ou vir a “caducar” - perder
a validade por demora na votação. Assim, a própria eficiência do governo
federal depende fortemente da atuação do Congresso Nacional.
Além de Cunha, foram eleitos para
compor a Mesa Diretora da Câmara os deputados Valdir Maranhão (PP-MA) (1º
vice-presidente), Giacobo (PP-PR) (2º vice-presidente), Beto Mansur (PRB-SP)
(1º secretário), Felipe Bornier (PSD-RJ) (2º secretário), Mara Gabrilli
(PSDB-SP) (3º secretário) e Alex Canziani (PTB-PR) (4º secretário). Os quatro
suplentes da Mesa Diretora serão os deputados Mandetta (DEM-MS), Gilberto
Nascimento (PSC-SP), Luiza Erundina (PSB-SP) e Ricardo Izar (PSD-SP).
Campanha
Durante a campanha para a Presidência da Câmara, Cunha prometeu equiparar o salário dos deputados com o de ministros do STF – teto do funcionalismo público. Cunha disse também que vai garantir o pagamento de emendas parlamentares a deputados “novatos”.
O líder do PMDB promete ainda, se
for eleito, colocar imediatamente em pauta a votação em segundo turno da PEC do
Orçamento Impositivo, que obriga de forma permanente o governo a pagar as
emendas individuais dos deputados.
O peemedebista também quer dar
“visibilidade” à atuação dos parlamentares nas suas bases eleitorais. A
bandeira é viabilizar a cobertura das atividades dos deputados em seus estados
pela TV e Rádio Câmara, veículos de comunicação pagos com o orçamento da Casa.
Outra proposta de Cunha é criar a
Comissão da Pessoa com Deficiência, um colegiado específico para analisar
projetos com esse tema. Assim, as comissões permanentes da Câmara passariam de
22 para 23.
Fonte: Agência O Globo.
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