Cunha defende aprovar ajuste fiscal para dar
'sinalização ao mercado'
Medidas editadas pelo Executivo restringem benefícios trabalhistas.
Expectativa do governo é gerar economia de R$ 18 bilhões.
Expectativa do governo é gerar economia de R$ 18 bilhões.
“TODO CAFAJESTE TEM SEU PREÇO”.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta terça-feira (24) a aprovação
das medidas provisórias de ajuste fiscal propostas pelo Executivo que
restringem benefícios trabalhistas e previdenciários a fim de “dar uma
sinalização para o mercado”. A expectativa do governo é que as mudanças
representem uma economia de R$ 18 bilhões por ano.
“São medidas que precisam, de uma
certa forma, dar uma sinalização para o mercado, já que agências de risco estão
todas aí no próximo mês para poder manter ou não o grau de investimento do
Brasil”, disse Cunha durante uma breve saída do plenário da Câmara. Segundo ele, o ideal seria “que se votasse
rápido”. No entanto, ponderou que é preciso antes instalar as comissões que
irão discutir as matérias. “Tem que instalar a comissão especial, que está
muito atrasada, não vai ser instalada esta semana, só na outra semana. Vai se
consumindo tempo”, afirmou.
No final do ano passado, o
Executivo editou duas MPs que tornaram mais rigoroso o acesso da população a
uma série de benefícios previdenciários, entre eles seguro-desemprego e pensão
por morte. As regras já estão em vigor, mas, para virarem lei, precisam ser
aprovadas pelo Legislativo em
120 dias.
120 dias.
Em meio a um cenário econômico
difícil, o Palácio do Planalto tem mobilizado ministros para azeitar as
relações com o Congresso e conseguir aprovar as medidas.
Na noite de segunda-feira (23), o
vice-presidente da República, Michel Temer, ofereceu um jantar em
sua residência oficial para o ministro Joaquim Levy
(Fazenda) explicar aos integrantes da cúpula do PMDB os principais pontos das
duas medidas. O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) e o presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, também participaram do encontro.
Fonte: Agência Globo.
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