Ministério Público ajuizou ações contra empresas investigadas na Lava
Jato.
Pagamentos equivalem a 1% do valor dos contratos firmados com Petrobras.
Pagamentos equivalem a 1% do valor dos contratos firmados com Petrobras.
O ex-diretor de Refino e
Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso em regime domiciliar no Rio de Janeiro, recebeu R$ 319.700.680,52
de propina por contratos celebrados pela estatal com cinco empreiteiras,
segundo apontam ações ajuizadas nesta sexta-feira (20) pelo Ministério Público
Federal. Os valores, recebidos no período em que Costa chefiou a diretoria,
entre 2004 e 2012, equivalem a 1% da cifra de cada contrato.
De acordo com o MPF, o pagamento
foi feito pelas empresas Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia
e Engevix. Nesta sexta, o MPF ajuizou ações de improbidade administrativa cobrando
R$ 4,47 bilhões dessas empresas, todas
investigadas na Operação Lava Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro
e pagamento de propina por meio de contratos da Petrobras.
As ações ajuizadas pelo MPF
apontam que a Galvão Engenharia foi a que pagou a maior quantia em
"vantagens indevidas" a Paulo Roberto Costa: R$ 75.640.231,62. Em seguida,
estão a Mendes Júnior, que repassou R$ 74.561.958,54, e a OAS, com R$
70.623.709,93. A Camargo Corrêa e a Engevix repassaram, respectivamente, R$ 60.385.480,53
e R$ 38.489.299,90.
Mais cedo, após o MPF anunciar
que pediria às empresas ressarcimento ao erário, indenização por danos morais
coletivos e multa civil, a Galvão Engenharia informou que não vai se
pronunciar. A Mender Júnior informou que não foi notificada "com relação à
citada ação do Ministério Público Federal". A OAS também emitiu nota, na
qual "refuta veementemente tais alegações e, quando for notificada da
ação, irá defender-se nos termos da lei”.
A assessoria da Camargo Corrêa informou, em nota, que "a companhia não foi citada na referida ação e desconhece seu teor. Assim que houver possibilidade de defesa, a companhia apresentará sua contestação às acusações". A Engevix informou que, "assim que notificada, a empresa, por meio de seus advogados, tomará as devidas providências".
A assessoria da Camargo Corrêa informou, em nota, que "a companhia não foi citada na referida ação e desconhece seu teor. Assim que houver possibilidade de defesa, a companhia apresentará sua contestação às acusações". A Engevix informou que, "assim que notificada, a empresa, por meio de seus advogados, tomará as devidas providências".
Paulo Roberto Costa, que assinou
acordo de delação premiada com a Justiça, já admitiu ter recebido propinas de
empresas. Em depoimento prestado em setembro de 2014 e divulgado nesta
quarta-feira (18), Costa revelou que continuou
recebendo propina de fornecedoras da
estatal mesmo depois de ser demitido, em 2012. Os pagamentos, referentes a
subornos atrasados, chegaram a somar R$ 550 mil mensais, segundo informou
Costa.
Fonte: Agência Globo.
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