COMENTÁRIO.
Scarcela
Jorge.
MINISTÉRIO DAS CHUVAS! –PT.
Nobres:
A manter o “dilúvio” de 39 ministérios
do governo federal não levou em conta um detalhe exponencial nestes tempos de
água escassa, que molha apenas a Petrobras “está faltando um”, como na velha marchinha
de Carnaval. Sim, falta criar o Ministério das Chuvas e entregá-lo diretamente
ao PT ou à base alugada do governo. Talvez ao PMDB, especialista em sugar o que
seja ou de onde for, e que com estas invejáveis habilidades fará chover até em
terreno alagado. Com o Ministério das Chuvas tudo estaria regulamentado! Chuvas
federais, estaduais e municipais cairiam segundo as necessidades de cada
região. Terminaria o absurdo de estiagem brutal no Sudeste e chuva intensa no
Sul. Uma simples MP (que seria “medida providencial”, não “provisória”)
resolveria tudo, pois entre nós tudo se resolve no papel. O que está na lei,
está na lei e basta. Não precisa ser real nem ser cumprido! E a presidente
Dilma ampliaria a unidade ideológica do governo e poderia escolher mais um
ministro entre políticos processados na Justiça ou, pelo menos, sob suspeita ou
com algum prontuário policial, mesmo rudimentar, se não pudesse ser frondoso.
(Roubo que, tempos atrás estima que “ministeriável” - é quem tenha, no mínimo,
três processos) - Assim, não estariam tão em minoria os atuais ministros Eliseu
Padilha, Eduardo Braga, Edinho Araújo, Gilberto Kassab, Hélder Barbalho,
Antônio Carlos Rodrigues, Kátia Abreu e Manoel Dias, todos da base alugada e
todos processados ou acusados entre alguns condenados por improbidade ou algo
similar, mas que, em 39, são apenas oito. E a administração teria ritmo firme,
rumo à felicidade geral e à estabilidade pluviométrica. Dispensaríamos a
previsão climática dos satélites da NASA, economizando dólares. O ministro
das Chuvas pediria por empréstimo ao PP (Partido Paulo malufista) os serviços
do Paulo Roberto Costa, que, hábil ourives de joias raras, quando diretor da
Petrobras acertou propinas em ouro maciço e, hoje, estando “preso”, mas solto, pode
trabalhar em casa, pois é delator premiado após ter sido delatado. E as chuvas
cairiam com precisão de relógio suíço. Sem estardalhaço, sigilosas como as
contas nos bancos também suíços, por onde passaram aqueles 200 ou 400 milhões
(ou mais) roubados da Petrobras pelas grandes empresas, desde 2003, para serem
distribuídos a gente do PT, PMDB e PP. E a alguns “nanicos” também. Como o
grosso do absurdo abrupto começou com Lula da Silva, tudo seria feito com o
“sim” do ex-presidente, pois água em tempo seco só a experiência pode tornear. Com
chuvas regulamentadas, desapareceria a secura dos que tentam privatizar a
Petrobras, comendo-a em fatias como torta de nata, ao agirem dentro dela como
donos de um imenso e rico armazém de secos e molhados liquidando as iguarias. Perdoai-me
se busco ser irônico! No assalto gigantesco à Petrobras, o conluio entre
grandes empresas, tecnocratas e políticos desvenda não apenas a trama
nauseabunda localizada num setor específico _ mostra, também, a transformação
do sistema partidário em gazua para abrir cofres alheios. O assalto, desde 2003
comandado pelo PT, PMDB e PP, é a modificação ampliada do roubo cometido por
gente do PSDB no metrô em São Paulo antes, durante e depois. Mas os assaltantes
cometeram um erro de cálculo: raciocinaram como nos tempos do regime militar,
quando a corrupção era ainda mais subterrânea que a tortura. Na época, a Polícia
Federal servia à repressão política, o Ministério Público não tinha
independência, a subserviência dominava o Poder Judicial e a imprensa perdera a
função de ser livre. Hoje, somos todos “outra gente”. A chuva cai sobre a Petrobras,
mas a tempestade é geral, mas é engano: parece ser tudo a mesma coisa.
Antônio Scarcela Jorge.
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