segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

MINISTÉRIO DAS CHUVAS! –PT.

Nobres:
A manter o “dilúvio” de 39 ministérios do governo federal não levou em conta um detalhe exponencial nestes tempos de água escassa, que molha apenas a Petrobras “está faltando um”, como na velha marchinha de Carnaval. Sim, falta criar o Ministério das Chuvas e entregá-lo diretamente ao PT ou à base alugada do governo. Talvez ao PMDB, especialista em sugar o que seja ou de onde for, e que com estas invejáveis habilidades fará chover até em terreno alagado. Com o Ministério das Chuvas tudo estaria regulamentado! Chuvas federais, estaduais e municipais cairiam segundo as necessidades de cada região. Terminaria o absurdo de estiagem brutal no Sudeste e chuva intensa no Sul. Uma simples MP (que seria “medida providencial”, não “provisória”) resolveria tudo, pois entre nós tudo se resolve no papel. O que está na lei, está na lei e basta. Não precisa ser real nem ser cumprido! E a presidente Dilma ampliaria a unidade ideológica do governo e poderia escolher mais um ministro entre políticos processados na Justiça ou, pelo menos, sob suspeita ou com algum prontuário policial, mesmo rudimentar, se não pudesse ser frondoso. (Roubo que, tempos atrás estima que “ministeriável” - é quem tenha, no mínimo, três processos) - Assim, não estariam tão em minoria os atuais ministros Eliseu Padilha, Eduardo Braga, Edinho Araújo, Gilberto Kassab, Hélder Barbalho, Antônio Carlos Rodrigues, Kátia Abreu e Manoel Dias, todos da base alugada e todos processados ou acusados entre alguns condenados por improbidade ou algo similar, mas que, em 39, são apenas oito. E a administração teria ritmo firme, rumo à felicidade geral e à estabilidade pluviométrica. Dispensaríamos a previsão climática dos satélites da NASA, economizando dólares. O ministro das Chuvas pediria por empréstimo ao PP (Partido Paulo malufista) os serviços do Paulo Roberto Costa, que, hábil ourives de joias raras, quando diretor da Petrobras acertou propinas em ouro maciço e, hoje, estando “preso”, mas solto, pode trabalhar em casa, pois é delator premiado após ter sido delatado. E as chuvas cairiam com precisão de relógio suíço. Sem estardalhaço, sigilosas como as contas nos bancos também suíços, por onde passaram aqueles 200 ou 400 milhões (ou mais) roubados da Petrobras pelas grandes empresas, desde 2003, para serem distribuídos a gente do PT, PMDB e PP. E a alguns “nanicos” também. Como o grosso do absurdo abrupto começou com Lula da Silva, tudo seria feito com o “sim” do ex-presidente, pois água em tempo seco só a experiência pode tornear. Com chuvas regulamentadas, desapareceria a secura dos que tentam privatizar a Petrobras, comendo-a em fatias como torta de nata, ao agirem dentro dela como donos de um imenso e rico armazém de secos e molhados liquidando as iguarias. Perdoai-me se busco ser irônico! No assalto gigantesco à Petrobras, o conluio entre grandes empresas, tecnocratas e políticos desvenda não apenas a trama nauseabunda localizada num setor específico _ mostra, também, a transformação do sistema partidário em gazua para abrir cofres alheios. O assalto, desde 2003 comandado pelo PT, PMDB e PP, é a modificação ampliada do roubo cometido por gente do PSDB no metrô em São Paulo antes, durante e depois. Mas os assaltantes cometeram um erro de cálculo: raciocinaram como nos tempos do regime militar, quando a corrupção era ainda mais subterrânea que a tortura. Na época, a Polícia Federal servia à repressão política, o Ministério Público não tinha independência, a subserviência dominava o Poder Judicial e a imprensa perdera a função de ser livre. Hoje, somos todos “outra gente”. A chuva cai sobre a Petrobras, mas a tempestade é geral, mas é engano: parece ser tudo a mesma coisa.

Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário