COMENTÁRIO.
Scarcela
Jorge.
ANTEVISÃO DO FUTURO: A MANIFESTAÇÃO
POPULAR É SOBERANA.
Nobres:
Como já é padrão expor uma estratégia
desastrada de articulação em todos os sentidos resultando a oneração
direcionado povo brasileiro, mais uma vez o governo possibilitou a eleição de
um aliado ressentido para a presidência da Câmara, mas o país não pode ser
punido por isso. A escolha do peemedebista Eduardo Cunha é encarada pela
oposição como a possibilidade concreta de finalmente livrar o Congresso da
submissão ao governo. Para os governistas, a derrota é o confronto com a
infidelidade de parte das próprias bases e o fim do controle quase absoluto de
aliados no Congresso. Para a população, o que importa é o aperfeiçoamento das
relações entre o governo e o parlamento. Até agora, não há sinais de que isso
seja provável, mesmo que, logo depois de eleito, o novo presidente tenha dito
que uma das suas missões é a de assegurar a governabilidade. O deputado fazia
referência às especulações de que, após os ataques de aliados do Planalto
durante a campanha, poderia conspirar contra os interesses do Executivo de
forma sistemática. Disse o senhor Eduardo Cunha que não guarda mágoas dos
governistas e que não marcará sua atuação como oposicionista ou situacionista,
mas pelo bom senso. É o que terá de prevalecer na sua gestão, se o próprio
eleito deseja reverter expectativas criadas por um histórico de decisões
impulsivas, sempre prontas a afrontar consensos estabelecidos pelo governo. A
defesa dos interesses maiores da sociedade, e não dos parlamentares, dependerá
do equilíbrio entre um Congresso que pretende ser independente e um governo que
terá de respeitar a autonomia do Legislativo. A grande dúvida, que ambos terão
de responder da melhor forma, é o que o país ganha com a nova composição do
comando da Câmara e suas consequências. Executivo e parlamento são desafiados a
oferecer a melhor resposta, não a aliados ou adversários, mas aos cidadãos, esperamos que isso venha se projetar.
Antônio Scarcela Jorge.
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