sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

ASCENDÊNCIAS DA CORRUPÇÃO.

Nobres:
Há questionamentos largamente atribuídos à ascendência da corrupção a partir da década de 50, - (embora possamos admitir que desde a chegada de Pedro Alvares Cabral que “descobriu” o Brasil!) - No contexto, surgiu a necessidade progressiva de se financiar os partidos políticos nos regimes democráticos (ou autoritários), além da aproximação dos poderes com os meios de produção, ampliou as possibilidades de a autoridade ser utilizada como instrumento da satisfação de interesses financeiros destituídos de finalidades públicas bem definidas. À vista da busca desenfreada de obtenção de bens de capital e da necessidade de “ter” e não de “ser”, o fato é que agentes públicos que incorrem em atos contrários à moralidade confundem o patrimônio público com uma potencial fonte de satisfação de interesses seus ou de outros, aqueles que agem por trás das cortinas controlando suas marionetes. Indaga-se, portanto: o que se busca tutelar com investigações do gênero? Num estado de direito, a finalidade é proteger a probidade do funcionamento das instituições públicas. Mais do que isso, assegurar a impessoalidade que atua como força motriz da atividade pública, presente na Constituição de 1988. O que se nota com a discussão relativa à Petrobras em que a população (des) estima as perdas e ganhos financeiros que a empresa está sofrendo, e que o contribuinte terá que pagar, quando a preocupação deveria ser a fragilidade institucional e a reflexão sobre o afrouxamento moral desencadeado pela impunidade. O governo como sempre encontra solução: - é o aumento do combustível (autossuficiência?) - Entretanto, para as fragilidades morais e institucionais, o caminho para soluções não é via decreto ou por meio de reajuste fiscal, mas, sim, por resgatar a autonomia de um povo.

Antônio Scarcela Jorge.

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