Crescimento deve ser baseado no
capital humano e na poupança, afirmou.
Diante das perspectivas negativas
sobre o desempenho da economia brasileira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
disse que não há "nada de problemático", já que o país conta com
"inúmeras vantagens". Levy participa na manhã desta segunda-feira
(23) de evento promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.
"Não há nada de problemático
na economia brasileira". Ainda há inúmeras vantagens no país, como nosso capital
humano. Temos certeza de que temos condições de fazer essa reengenharia da
nossa economia sem grande dificuldade. No ano passado, o governo fez alguns
ajustes em programas de transferência, e atacou situações em que havia
distorções para garantir sua efetividade conhecida pela população",
afirmou o ministro em referência às mudanças nos programas de seguro desemprego
e pensões.
Levy afirmou que o governo deve
criar sustentação para um crescimento baseado no capital humano e na capacidade
de poupança.
"Temos que tomar decisões
rapidamente. O governo deve criar e consolidar um novo ambiente, criar as bases
para um novo ciclo de crescimento, se valendo dos recursos naturais... Um
crescimento baseado no nosso capital humano e na nossa capacidade de
poupança", afirmou.
Para o ministro, o Brasil está em
condições de competir "melhor do que no passado". "Nos últimos
15 anos, os empresários com quem converso são unânimes em falar sobre o
dinamismo da economia. Temos uma geração mais bem preparada. Todo mundo
praticamente está dentro da economia de mercado".
Aposta no Brasil.
Apesar de os dados indicarem que
houve queda nos investimentos, o ministro afirmou que o setor privado continua
apostando no Brasil. "Tenho confiança que a trajetória de redução dos
juros vai continuar. Um país mostra sua maturidade quando certos princípios são
adotados por um número maior de pessoas, como a responsabilidade fiscal, que
não é de um partido ou de outro".
O ministro citou que o sentimento
atual é de "uma curva longa declinante". "Pode haver uma
escorregadinha, mas na realidade aflora e esse comprometimento certamente vai
permitir que os juros tivessem redução", completou.
Ainda segundo Levy, essa trajetória
vai permitir ganhos a quem investe "hoje ou amanhã". "Muitos
novos projetos passam a ser viáveis e com isso você cria um motor de
crescimento".
Setor privado.
Durante o evento, voltado para
empresários, Levy garantiu que o governo está atento às necessidades do setor
privado, para que a economia retome seu crescimento.
“O que tem ficado muito claro é
que nós vamos ter que dar mais um passo no desenvolvimento do Brasil. A gente
tem que ir mais além, se inserir mais na cadeia de produção, assim como as
companhias brasileiras. Para isso, é preciso haver disposição das empresas do
próprio governo, entender o que é necessário para que a economia brasileira
seja mais competitiva e volte a crescer”.
Em sua apresentação sobre as
perspectivas para 2015, Levy afirma que o governo tem condições de fazer os
ajustes necessários diante da nova realidade global. “A mensagem de 2005
continua verdadeira: apesar de alguns deslizes, o governo tem vontade e meios
para fazer os ajustes necessários para responder ao novo ambiente global e
promover um novo ciclo de crescimento com melhora dos indicadores ficais e
aumento da produtividade do trabalho”
.
Fonte: Agência Globo.
Comentário.
“obviamente por nada a comentar” sobre a safadeza do ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário