quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

MEU BRASIL BRASILEIRO - NO GOVERNO DA LADROAGEM

 ESCÂNDALO DA PETROBRÁS.
EM DIA DE ESPECULAÇÕES, GRAÇA FOSTER SE REÚNE COM DILMA NO PLANALTO.

Presidente da Petrobras esteve duas vezes no gabinete de Dilma nesta terça. Governo busca substituto de Graça no mercado.

No dia em que surgiram especulações sobre a demissão de Graça Foster, a presidente da Petrobras esteve no Palácio do Planalto e se reuniu com a presidente Dilma Rousseff. Graça deixou o Palácio por volta das 17h20. Com os rumores da possível saída da presidente da estatal, as ações da companhia na Bolsa de Valores subiram mais de 11%.

Segundo informações, Graça esteve no Planalto por duas vezes. Na primeira, ela se reuniu com Dilma e, após o encontro, seguiu para o escritório da Petrobras na capital. Depois, ela retornou para o palácio e voltou a falar com a presidente Dilma. O blog conversou com Graça, e a presidente disse que não comentaria sua eventual saída porque esse tipo de informação tem impacto no mercado financeiro e envolve altos valores.

O governo está em busca de um substituto para Graça Foster no comando da Petrobras. A substituição será feita quando for encontrado um perfil adequado.

Na semana passada, a companhia divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2014 sem contabilizar os prejuízos decorrentes dos desvios de recursos da empresa que são investigados na Operação Lava Jato, o que fez as ações da empresa caírem mais de 11%. A presidente Dilma tem dificuldades na escolha do novo presidente porque o governo não conseguiu encontrar nomes que aceitem a missão antes da publicação do balanço auditado da empresa relativo ao ano de 2014.

A discussão do assunto na reunião do Conselho de Administração, incluindo a contabilidade sobre o chamado "valor justo", o  que elevaria o prejuízo para R$ 88 bilhões irritou o governo e, por determinação da presidente Dilma Rousseff, ao final não foi tratado no balanço. Da forma como foi feito, dificilmente esse balanço poderá ser auditado. E ainda falta ser apresentado o balanço do quarto trimestre, fechando, assim, o ano de 2014.

No Senado, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça que, ao manter Graça Foster na direção da Petrobras mesmo após as denúncias, Dilma Rousseff foi pouco generosa. Para ele, a dirigente passou a assumir durante esse período uma responsabilidade “que não era dela”.

O senador - que foi candidato à presidência da República ano passado, mas acabou derrotado por Dilma Rousseff – afirmou que atualmente ser amigo da presidente “é muito pior que ser seu adversário”. “O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo”, completou.

“A presidente da República permitiu que ela [Graça Foster] assumisse um desgaste enorme durante esse último período, como se isso pudesse defendê-la, ou, de alguma forma, anistiá-la das responsabilidades. E no momento em que fica insustentável, a presidente anuncia ou sinaliza sua saída”, declarou Aécio após reunião da bancada do PSDB no Senado.

Lava Jato.

A Petrobras passou a ser investigada pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Na apuração, foram descobertos, segundo a PF, desvios de dinheiro em contratos assinados entre a estatal e empreiteiras.

Com os desdobramentos da Lava Jato, três ex-diretores da estatal foram presos por suspeitas de irregularidades: Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró (Área Internacional) e Renato Duque (Serviços).

Em função das suspeitas sobre a Petrobras, órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF) também passaram a investigar a estatal.

No Congresso Nacional, duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) foram instaladas no ano passado. Conforme levantamento do G1, 55,7% dos deputados defendem a criação de uma nova CPI para investigar a estatal.
Fonte: Agência O Globo.


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