EM DIA DE ESPECULAÇÕES,
GRAÇA FOSTER SE REÚNE COM DILMA NO PLANALTO.
Presidente da Petrobras esteve duas vezes no gabinete de Dilma nesta
terça. Governo busca substituto de Graça no mercado.
No dia em que surgiram
especulações sobre a demissão de Graça Foster, a presidente da Petrobras esteve
no Palácio do Planalto e se reuniu com a presidente Dilma Rousseff. Graça
deixou o Palácio por volta das 17h20. Com os rumores da possível saída da
presidente da estatal, as ações da companhia na Bolsa de Valores subiram mais
de 11%.
Segundo informações, Graça esteve
no Planalto por duas vezes. Na primeira, ela se reuniu com Dilma e, após o
encontro, seguiu para o escritório da Petrobras na capital. Depois, ela
retornou para o palácio e voltou a falar com a presidente Dilma. O blog
conversou com Graça, e a presidente disse que não comentaria sua eventual saída
porque esse tipo de informação tem impacto no mercado financeiro e envolve
altos valores.
O governo está em busca de um
substituto para Graça Foster no comando da Petrobras. A substituição será feita
quando for encontrado um perfil adequado.
Na semana passada, a companhia
divulgou o balanço do terceiro trimestre de 2014 sem contabilizar os prejuízos
decorrentes dos desvios de recursos da empresa que são investigados na Operação
Lava Jato, o que fez as ações da empresa caírem mais de 11%. A presidente Dilma
tem dificuldades na escolha do novo presidente porque o governo não conseguiu
encontrar nomes que aceitem a missão antes da publicação do balanço auditado da
empresa relativo ao ano de 2014.
A discussão do assunto na reunião
do Conselho de Administração, incluindo a contabilidade sobre o chamado
"valor justo", o que elevaria o prejuízo para R$ 88 bilhões
irritou o governo e, por determinação da presidente Dilma Rousseff, ao final
não foi tratado no balanço. Da forma como foi feito, dificilmente esse balanço
poderá ser auditado. E ainda falta ser apresentado o balanço do quarto
trimestre, fechando, assim, o ano de 2014.
No Senado, o presidente nacional
do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça que, ao manter Graça
Foster na direção da Petrobras mesmo após as denúncias, Dilma Rousseff foi
pouco generosa. Para ele, a dirigente passou a assumir durante esse período uma
responsabilidade “que não era dela”.
O senador - que foi candidato à
presidência da República ano passado, mas acabou derrotado por Dilma Rousseff –
afirmou que atualmente ser amigo da presidente “é muito pior que ser seu adversário”.
“O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo”,
completou.
“A presidente da República
permitiu que ela [Graça Foster] assumisse um desgaste enorme durante esse
último período, como se isso pudesse defendê-la, ou, de alguma forma,
anistiá-la das responsabilidades. E no momento em que fica insustentável, a
presidente anuncia ou sinaliza sua saída”, declarou Aécio após reunião da
bancada do PSDB no Senado.
Lava Jato.
Lava Jato.
A Petrobras passou a ser
investigada pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato, que investiga
esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Na
apuração, foram descobertos, segundo a PF, desvios de dinheiro em contratos
assinados entre a estatal e empreiteiras.
Com os desdobramentos da Lava
Jato, três ex-diretores da estatal foram presos por suspeitas de
irregularidades: Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró (Área
Internacional) e Renato Duque (Serviços).
Em função das suspeitas sobre a
Petrobras, órgãos de controle como a Controladoria-Geral da União (CGU),
Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF) também
passaram a investigar a estatal.
No Congresso Nacional, duas comissões
parlamentares de inquérito (CPIs) foram instaladas no ano passado. Conforme
levantamento do G1, 55,7% dos
deputados defendem a criação de uma nova CPI para investigar a estatal.
Fonte: Agência O Globo.
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