domingo, 22 de fevereiro de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015

COMENTÁRIO.
Scarcela Jorge.

CARNAVAL GOVERNO E CORRUPÇÃO.

Nobres:
De principio desejamos instar que o carnaval notadamente em pequenos municípios (pequenos sob todos os aspectos é encontrar solução de prefeitos onde dizem “genericamente” que o evento carnavalesco é imprescindível para a Cultura! – que cultura? - Se esse segmento da sociedade se comporta como os primórdios de nossa civilização, não enxerga “um centímetro do nariz” onde conceitos não são respeitados pelo mais elementar princípio e respeito à vida. – é bom ser irresponsável e se enturmam em função da desagregação a vida. pelo contrário, somos favoráveis à festa carnavalesca, desde que no reino da utopia sejam menos “indígenas” (expressão da palavra) e não se atalhe para os desvios escusos – padrão da ladroagem do nosso país e se encaderne os resultados que certamente traduziram efeitos danosos a sociedade. Dentro desse contexto, resume-se como transcende os exemplos pautados pela folha corrupta entes governos, como é natural na escancarado governo da União, ocorre no cotidiano as ênfases de interposição política na Operação Lava-Jato, antes mesmo da divulgação dos nomes de políticos envolvidos, e a constatação de que até mesmo o Carnaval, uma das mais autênticas manifestações brasileiras, rendeu-se por dinheiro a uma ditadura cruenta expõem uma face cruel do país, sob todos os aspectos. Nesse mesmo cenário de desolação, porém, algumas instituições reforçam seu papel na democracia, como demonstra a inédita decisão do Ministério Público de cobrar R$ 4,47 bilhões como ressarcimento de parte dos recursos desviados da Petrobras, apurados na operação Lava-Jato da Polícia Federal. E, por todo o país, mais brasileiros do que nunca aproveitaram o Carnaval para sair à rua espontaneamente, recorrendo à irreverência para denunciar desmandos e cobrar providências. De um lado, portanto, há um país que se revela internamente e ao mundo como vulnerável à pressão do dinheiro sujo, a ponto de colocar em risco a imagem de sua maior empresa e de seu principal evento turístico. Seja na Petrobras, seja no Carnaval, em ambos os casos símbolos do que o país já teve de melhor, os desvios não podem mais ser tolerados. Tampouco podem se prestar para relativizações do tipo “foi sempre assim” e “todo mundo faz”. E muito menos para tergiversações como a manifestação de ontem da presidente Dilma, que tenta transferir responsabilidades para o governo FH. A sociedade brasileira vive um momento em que já não suporta mais tanta hipocrisia. Livrar-se dessa chaga, que favorece alguns em prejuízo de todos e da própria imagem nacional, exige persistência dos órgãos de fiscalização e impõe custo para o país, que no final será compensado. Felizmente, as instituições se mostram determinadas a cumprir o seu papel, acima de interesses políticos e apesar da multiplicação de novos casos o mais recente dos quais envolvendo o banco HSBC. As pressões por parte de empreiteiras que estariam ocorrendo no âmbito do Ministério da Justiça e a mobilização no Congresso para preservar políticos na mira da Lava-Jato dá uma ideia do quanto a sociedade precisa, permanentemente, cobrar transparência dos homens públicos e se mostrar vigilante em relação a seus atos. O fato inequívoco é que as denúncias e as investigações de falcatruas, assim como a indignação popular despertada pelo noticiário, indicam uma expressiva maioria da população a favor de um Brasil mais íntegro. Isso significa que o país precisa fortalecer as instituições democráticas para atingir patamares éticos mais elevados é, que esperamos.

Antônio Scarcela Jorge.

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