COMENTÁRIO.
Scarcela
Jorge.
CARNAVAL GOVERNO E CORRUPÇÃO.
Nobres:
De principio desejamos instar que
o carnaval notadamente em pequenos municípios (pequenos sob todos os aspectos é
encontrar solução de prefeitos onde dizem “genericamente” que o evento
carnavalesco é imprescindível para a Cultura! – que cultura? - Se esse segmento
da sociedade se comporta como os primórdios de nossa civilização, não enxerga
“um centímetro do nariz” onde conceitos não são respeitados pelo mais elementar
princípio e respeito à vida. – é bom ser irresponsável e se enturmam em função
da desagregação a vida. pelo contrário, somos favoráveis à festa carnavalesca,
desde que no reino da utopia sejam menos “indígenas” (expressão da palavra) e
não se atalhe para os desvios escusos – padrão da ladroagem do nosso país e se
encaderne os resultados que certamente traduziram efeitos danosos a sociedade. Dentro
desse contexto, resume-se como transcende os exemplos pautados pela folha
corrupta entes governos, como é natural na escancarado governo da União, ocorre
no cotidiano as ênfases de interposição política na Operação Lava-Jato, antes
mesmo da divulgação dos nomes de políticos envolvidos, e a constatação de que
até mesmo o Carnaval, uma das mais autênticas manifestações brasileiras,
rendeu-se por dinheiro a uma ditadura cruenta expõem uma face cruel do país,
sob todos os aspectos. Nesse mesmo cenário de desolação, porém, algumas
instituições reforçam seu papel na democracia, como demonstra a inédita decisão
do Ministério Público de cobrar R$ 4,47 bilhões como ressarcimento de parte dos
recursos desviados da Petrobras, apurados na operação Lava-Jato da Polícia
Federal. E, por todo o país, mais brasileiros do que nunca aproveitaram o
Carnaval para sair à rua espontaneamente, recorrendo à irreverência para
denunciar desmandos e cobrar providências. De um lado, portanto, há um país que
se revela internamente e ao mundo como vulnerável à pressão do dinheiro sujo, a
ponto de colocar em risco a imagem de sua maior empresa e de seu principal
evento turístico. Seja na Petrobras, seja no Carnaval, em ambos os casos
símbolos do que o país já teve de melhor, os desvios não podem mais ser
tolerados. Tampouco podem se prestar para relativizações do tipo “foi sempre
assim” e “todo mundo faz”. E muito menos para tergiversações como a
manifestação de ontem da presidente Dilma, que tenta transferir
responsabilidades para o governo FH. A sociedade brasileira vive um momento em
que já não suporta mais tanta hipocrisia. Livrar-se dessa chaga, que favorece
alguns em prejuízo de todos e da própria imagem nacional, exige persistência
dos órgãos de fiscalização e impõe custo para o país, que no final será
compensado. Felizmente, as instituições se mostram determinadas a cumprir o seu
papel, acima de interesses políticos e apesar da multiplicação de novos casos o
mais recente dos quais envolvendo o banco HSBC. As pressões por parte de
empreiteiras que estariam ocorrendo no âmbito do Ministério da Justiça e a
mobilização no Congresso para preservar políticos na mira da Lava-Jato dá uma
ideia do quanto a sociedade precisa, permanentemente, cobrar transparência dos
homens públicos e se mostrar vigilante em relação a seus atos. O fato
inequívoco é que as denúncias e as investigações de falcatruas, assim como a
indignação popular despertada pelo noticiário, indicam uma expressiva maioria
da população a favor de um Brasil mais íntegro. Isso significa que o país
precisa fortalecer as instituições democráticas para atingir patamares éticos
mais elevados é, que esperamos.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário