Rumores de que a presidente deixaria a estatal circularam na
terça-feira.
Novos executivos serão eleitos em reunião na sexta-feira (6).
Novos executivos serão eleitos em reunião na sexta-feira (6).
Segundo a assessoria de imprensa
da estatal, no entanto, o diretor de
Governança João Adalberto Elek, que
tomou posse no mês passado, é um dos dois que permanecerão.
Os novos ocupantes dos cargos na
diretoria serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será
realizada na sexta-feira (6), informou a empresa.
De acordo com a colunista
Cristiana Lôbo, os diretores que renunciaram são Almir Barbassa (financeiro),
José Alcides Santoro Martins (negócios de gás e energia), José Miranda Formigli
Filho (exploração e produção) e José Carlos Cosenza (abastecimento). Os rumores
sobre a saída de Graça ao longo da terça-feira fizeram disparar as ações da
Petrobras, que fecharam em alta de mais de 15% na Bovespa. Nesta quarta, os
papéis da petroleira chegaram a subir mais de 7%, mas reduziram o ritmo de
alta. Siga a
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A saída da diretoria acontece em
meio às investigações da Operação Lava Jato de um escândalo de corrupção na
estatal e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os
prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
O governo vinha sofrendo pressão
do mercado pela saída da executiva, cuja gestão foi marcada por graves
denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos.
Embora a maior parte dos
problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada de Graça
Foster à presidência da estatal, a
executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da
Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.
Saída esperada.
Na terça-feira, o colunista
Gerson Camarotti adiantou que interlocutores da presidente Dilma Rousseff estavam em
busca de um substituto para Graça no
comando da Petrobras e disse que a substituição seria feita quando for
encontrado um perfil adequado.
Graça passou a tarde de
terça-feira reunida com a presidente Dilma Rousseff, mas nenhuma decisão foi
anunciada até a manhã desta quarta.
Anúncio a investidores.
Quando as ações de uma empresa
oscilam muito em um dia, a Bovespa envia um ofício a ela questionando o que
ocorreu. Nesta terça-feira, a bolsa questionou a Petrobras sobre a saída de
Graça Foster e pediu esclarecimentos, "o mais breve possível", além
de outras informações consideradas importantes.
A Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), que fiscaliza e disciplina o mercado, deu um limite para a resposta: 9h
desta quarta-feira.
Às 10h13, a Petrobras enviou um
comunicado dizendo: "Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa
que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia
06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco
Diretores".
Possíveis substitutos.
Em coluna publicada nesta
terça-feira (3), Thais Herédia adiantou que dois nomes
são os mais cotados para assumir a vaga de Graça:
Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e Rodolfo
Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com
passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.
Outros
três nomes também apareceram entre os cotados para o posto nesta quarta: Henrique Meirelles, ex-presidente do BC;
Murilo Ferreira, atual presidente da Vale; e Eduarda La Rocque, ex-secretária
da Fazenda do município do Rio de Janeiro.
Segundo a colunista, Roger
Agnelli tem forte ligação com o ex-presidente Lula, mas não é bem visto pela
presidente Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido por ela no início do 2011.
Rodolfo Landim é conhecido e respeitado
no mercado internacional de óleo e gás, com mais de 30 anos no setor. O fato de
ter saído brigado com Eike Batista antes mesmo da derrocada do
ex-mega-empresário aumenta seu cacife. Hoje, o executivo toca a Mare
Investimentos, um fundo de compra de participação em empresas de óleo e gás.
Histórico.
Maria das Graças Silva Foster
assumiu a presidência da petroleira em 13 de fevereiro de 2012. Ela foi a
escolhida para substituir José Sergio Gabrielli, que estava há 7 anos no
comando da companhia.
Funcionária de carreira da
Petrobras, Graça Foster ingressou na Petrobras em 1978 e se tornou a primeira
mulher do mundo a comandar uma empresa de petróleo de grande porte. Ela foi
eleita pela revista norte-americana “Fortune” a executiva mais poderosa fora dos
EUA e ficou em 4º lugar no ranking mundial.
A chegada de Graça Foster à
presidência foi vista inicialmente como a uma tentativa de implementação de uma
gestão mais técnica e menos política. Mas a companhia continuou submetendo a
sua política de preços às determinações do seu controlador, o governo, que para
tentar frear a inflação segurou os preços dos combustíveis.
Fonte: O Globo.
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