COMENTÁRIO.
Scarcela
Jorge.
“O FUTURO DA POLÍTICA, SÓ Á DEUS
PERTENCE”
Nobres:
Neste presente dia
de domingo, 2 de fevereiro de 2015, os
parlamentares elegem a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Com resquícios da efervescência eleitoral e escândalos que permeiam o governo,
essa decisão pode influenciar os rumos da República. Nunca se falou tanto em
impeachment desde o afastamento de Collor. No ar, ainda pairam dúvidas sobre o
processo eleitoral. O partido do candidato derrotado no segundo turno audita as
urnas eletrônicas, enquanto, no Senado, há proposta para imprimir o voto. Dilma,
eleita, passou a descumprir promessas de campanha. A população está voltando às
ruas. Pela frente, haverá a revelação dos nomes de políticos no processo da
Operação Lava-jato e mais um pouco de Petrobras. Isso tudo sem falar em
aumentos de combustíveis, arrocho, desemprego, recessão e novas CPIs. Nesse
horizonte, pode-se imaginar uma ligação da presidente (ou de sua campanha ou
partido) com malfeitos em um “fato direto”. Foi assim com Fernando Collor, o
fato direto. À época de seu impedimento, assumiu Itamar Franco. Hoje, na linha
sucessória, causada por impossibilidade permanente no exercício do cargo,
assumiria Michel Temer (PMDB). Em casos de substituição temporária e não
sucessão, depois do vice, assume o presidente do Senado. Na hipótese de
presidente e vice estarem impedidos permanentemente, deve assumir o presidente
da Câmara, Senado e STF, respectivamente. No Senado e na Câmara, os
principais candidatos são do PMDB. Mas, supõe-se, a preocupação do Palácio do
Planalto não está ligada à sucessão “golpista” como dizem. O medo está em um possível pedido de impeachment, pois quem o acolhe e
encaminha à votação é o futuro presidente da Câmara: Eduardo Cunha (PMDB),
Arlindo Chinaglia (PT), Júlio Delgado (PSB) e Chico Alencar (PSOL). Em nossa
democracia representativa tupiniquim, passamos de eleitores a telespectadores e
somos alijados desse processo de escolha. Fiquemos precavidos! - Contanto.
Antônio Scarcela Jorge.
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