MALUF SE DIZ "ENVAIDECIDO" POR SER CITADO
COMO "SR. PROPINA".
O deputado federal Paulo Maluf
(PP) afirmou nesta quarta-feira, durante carreata de campanha pela zona leste
de São Paulo, que se sente “até envaidecido” por ter tido seu nome citado em
uma campanha internacional como ícone de político corrupto.
Batizada de "Desmascare a
corrupção", a campanha é promovida pela ONG Transparência Internacional,
instituição fundada em 1993, com sede em Berlim, na Alemanha. Na página oficial
da campanha, Maluf foi chamado de "Mr. Kickback" ("Sr.
Propina", em português).
“De uma certa maneira, eu fico
até envaidecido de estar importunando uma ONG na Europa, porque eu pensava que
só importunava os picaretas brasileiros. Agora vejo que (importuno também) um
picareta da Suíça, porque esses dias eu recebi uma informação de que dois
diretores deles estão sendo até processados por coisas indecorosas”, afirmou o
parlamentar. “Eu não me incomodo com isso, eu me incomodo com o fato de que o
Brasil precisa crescer mais. E se tiver mais Paulo Maluf trabalhando, é melhor
para o Brasil”, discursou. Entre as propostas da ONG, com a campanha que citou
o “Sr. Propina” brasileiro, está pressionar o governo da Suíça a mudar as leis
em relação à proteção de sigilo bancário. "Longe dos contribuintes que o
elegeram, Maluf comprou relógios de luxo e joias em casas de apostas em Nova
York", informou comunicado da Transparência Internacional.
A campanha salientou também que,
a despeito das acusações contra o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo e da
existência de um mandado de prisão internacional contra ele, pela Interpol,
Maluf não está preso.
Ex-prefeito vai recorrer de impugnação
A citação de seu nome pela ONG foi
o segundo revés na candidatura de Maluf em menos de uma semana. Na última
segunda, ele teve o registro para concorrer a novo mandato na Câmara Federal
impugnado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que o
enquadrou na Lei da Ficha Limpa em razão de uma condenação no Tribunal de
Justiça (TJ) paulista, ano passado, por superfaturamento em obra pública -- no
caso, nas obras do túnel Ayrton Senna durante sua última gestão municipal
(1993-1996). Cabe recurso ao Superior Tribunal Eleitoral (STE).
“Decisão da justiça a gente
cumpre”, afirmou hoje o parlamentar. “Mas o resultado (da votação no TRE) foi 4
a 3 -- inclusive o relator decidiu a nosso favor ao dizer, muito claramente,
que não houve dolo nem enriquecimento ilícito”, disse. Conforme o ex-prefeito,
tão logo o acórdão com a decisão do tribunal seja publicado, sua assessoria
jurídica vai apresentar recurso.
Fonte: Portal Terra.
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