COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
PERSPECTIVA NAS INSTITUIÇÕES.
Nobres:
Sempre estamos focados nos mais
diversificados acontecimentos que reflete o país como sendo “um normativo” para
instar elementos, “função” que temos que repassar para os nossos diletos leitores.
Dentro do contexto em estima especial, focalizamos um dos temas fundamentais
num regime democrático, e a certeza nas instituições. Estas recuperaram em
parte a confiança dos brasileiros, o que significa um alento para o país. Ainda
assim, estão longe de ostentar os níveis registrados até junho do ano passado,
quando os protestos de rua acabaram pondo em xeque a qualidade dos serviços públicos
prestados à sociedade e os reduzidos percentuais de crença nos políticos e
gestores governamentais. A leve melhora, constatada pelo Índice de Confiança
Social (ICS), recém divulgado pelo Ibope, indica que as manifestações pelo país
produziram resultados, embora ainda seja preciso avançar muito mais. De 18
instituições avaliadas, 13 tiveram oscilação positiva. Ainda assim, os
resultados, de maneira geral, não chegam a superar os registrados antes de
junho de 2013, que em alguns casos já andavam baixos. O curioso é que a maior
evolução ocorreu em duas áreas de responsabilidade direta dos governos: escolas
públicas e sistema público de saúde. O resultado pode indicar que, de alguma
forma, os apelos populares foram ouvidos pelos governantes, ainda que nem todos
os pleitos tenham sido atendidos integralmente. Um sinal disso é que o
Congresso e os partidos políticos, mesmo tendo recuperado posição um ano
depois, figuram no penúltimo e último posto, respectivamente. Cada vez mais, o país precisa se mostrar preparado para prestar serviços de
qualidade aos cidadãos, o que significa redefinir prioridades de um setor
público voltado excessivamente para a própria máquina. Isso significa que a
máquina governamental não existe apenas para atender aos interesses dos servidores,
sobretudo os com maior poder de pressão, mas acima de tudo aos do bem comum.
Quem paga impostos tem o direito de exigir melhores escolas e postos de saúde,
mais segurança, sistemas de transporte mais eficiente e maior eficiência em
serviços prestados pelos diferentes poderes, incluindo o Judiciário. Quando as
instituições falham no cumprimento de seu papel, caindo em descrédito, a
própria sociedade acaba se sentindo pressionada a buscar compensações. Esse é
um dos tantos riscos que uma democracia como a brasileira precisa evitar. Por
esta razão certamente encontraremos o fortalecimento de um novo conceito ético
que tanto ambiciona o povo e consequentemente encontrará a soberania.
Antônio Scarcela Jorge.
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