segunda-feira, 8 de setembro de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA, 8 DE SETEMBRO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

PERSPECTIVA NAS INSTITUIÇÕES.
Nobres:
Sempre estamos focados nos mais diversificados acontecimentos que reflete o país como sendo “um normativo” para instar elementos, “função” que temos que repassar para os nossos diletos leitores. Dentro do contexto em estima especial, focalizamos um dos temas fundamentais num regime democrático, e a certeza nas instituições. Estas recuperaram em parte a confiança dos brasileiros, o que significa um alento para o país. Ainda assim, estão longe de ostentar os níveis registrados até junho do ano passado, quando os protestos de rua acabaram pondo em xeque a qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade e os reduzidos percentuais de crença nos políticos e gestores governamentais. A leve melhora, constatada pelo Índice de Confiança Social (ICS), recém divulgado pelo Ibope, indica que as manifestações pelo país produziram resultados, embora ainda seja preciso avançar muito mais. De 18 instituições avaliadas, 13 tiveram oscilação positiva. Ainda assim, os resultados, de maneira geral, não chegam a superar os registrados antes de junho de 2013, que em alguns casos já andavam baixos. O curioso é que a maior evolução ocorreu em duas áreas de responsabilidade direta dos governos: escolas públicas e sistema público de saúde. O resultado pode indicar que, de alguma forma, os apelos populares foram ouvidos pelos governantes, ainda que nem todos os pleitos tenham sido atendidos integralmente. Um sinal disso é que o Congresso e os partidos políticos, mesmo tendo recuperado posição um ano depois, figuram no penúltimo e último posto, respectivamente. Cada vez mais, o país precisa se mostrar preparado para prestar serviços de qualidade aos cidadãos, o que significa redefinir prioridades de um setor público voltado excessivamente para a própria máquina. Isso significa que a máquina governamental não existe apenas para atender aos interesses dos servidores, sobretudo os com maior poder de pressão, mas acima de tudo aos do bem comum. Quem paga impostos tem o direito de exigir melhores escolas e postos de saúde, mais segurança, sistemas de transporte mais eficiente e maior eficiência em serviços prestados pelos diferentes poderes, incluindo o Judiciário. Quando as instituições falham no cumprimento de seu papel, caindo em descrédito, a própria sociedade acaba se sentindo pressionada a buscar compensações. Esse é um dos tantos riscos que uma democracia como a brasileira precisa evitar. Por esta razão certamente encontraremos o fortalecimento de um novo conceito ético que tanto ambiciona o povo e consequentemente encontrará a soberania.

Antônio Scarcela Jorge.

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