COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
ALERTA DA RECESSÃO.
Nobres:
Diz que nós
brasileiros somos “especialistas” em discutir temas de grande relevância que
impera o país, quer seja no campo da economia base direcional que nos atinge.
Dentro deste contexto instamos a baralhada da economia mundial, que ainda
produz efeitos em muitos países desde a crise de 2008, não tem mais utilidade
como argumento para explicar a situação brasileira. A retração de 0,6% no PIB,
no segundo trimestre deste ano, contraria uma tendência não só em países
desenvolvidos. O mundo está reagindo, inclusive na América Latina e parte da
Europa, enquanto o Brasil já convive com o que alguns economistas definem como
recessão técnica, com dois trimestres consecutivos de queda no desempenho
econômico. Não significa como alardeiam setores da oposição, no contexto da
campanha eleitoral, que a economia esteja à beira do abismo. Mas a divulgação
dos números pelo IBGE aciona um sinal de alerta.
Esgotaram-se as manobras que transferiam a culpa pela estagnação ao cenário externo, apesar de a presidente da República continuar insistindo nessa tese. Nem é sensato responsabilizar a Copa do Mundo, como faz o ministro Guido Mantega, com a desculpa de que, às vésperas e durante o evento o evento, houve retração de produção e consumo. O governo não pode continuar desfrutando do conforto dos índices de emprego ainda satisfatórios apesar da queda no ritmo de criação de vagas e dos ganhos médios de renda da população. Também esses benefícios passam a ser ameaçados pelo que já está claramente identificado como um conjunto de erros da política econômica. O governo erra no controle das próprias contas. Falha na condução de uma política monetária sem coerência entre juros, oferta de crédito, câmbio e controle da inflação. E continua atrasando projetos de longo prazo para a infraestrutura. É vexatório que, num ranking de 37 países, o Brasil só esteja à frente da Ucrânia em desempenho econômico, considerando-se que este país está em guerra. A grande maioria das nações apresenta melhorias, mesmo que ainda tímidas as que pode significar que começam a sair da crise iniciada há seis anos. Estamos numa posição retardatária, que apenas confirma previsões do início do ano de que a gestão da economia vinha falhando, por insistir na capacidade quase milagrosa do fortalecimento do mercado interno via isenções fiscais setorizadas e crédito abundante para a aquisição de bens duráveis. As complicações de um cenário eleitoral não podem servir de pretexto para o adiamento de medidas de correção, muito embora, faça transparecer que manterão os mesmos rumos quando seja adiada até as eleições quando a insensatez se qualificará ao abismo.
Esgotaram-se as manobras que transferiam a culpa pela estagnação ao cenário externo, apesar de a presidente da República continuar insistindo nessa tese. Nem é sensato responsabilizar a Copa do Mundo, como faz o ministro Guido Mantega, com a desculpa de que, às vésperas e durante o evento o evento, houve retração de produção e consumo. O governo não pode continuar desfrutando do conforto dos índices de emprego ainda satisfatórios apesar da queda no ritmo de criação de vagas e dos ganhos médios de renda da população. Também esses benefícios passam a ser ameaçados pelo que já está claramente identificado como um conjunto de erros da política econômica. O governo erra no controle das próprias contas. Falha na condução de uma política monetária sem coerência entre juros, oferta de crédito, câmbio e controle da inflação. E continua atrasando projetos de longo prazo para a infraestrutura. É vexatório que, num ranking de 37 países, o Brasil só esteja à frente da Ucrânia em desempenho econômico, considerando-se que este país está em guerra. A grande maioria das nações apresenta melhorias, mesmo que ainda tímidas as que pode significar que começam a sair da crise iniciada há seis anos. Estamos numa posição retardatária, que apenas confirma previsões do início do ano de que a gestão da economia vinha falhando, por insistir na capacidade quase milagrosa do fortalecimento do mercado interno via isenções fiscais setorizadas e crédito abundante para a aquisição de bens duráveis. As complicações de um cenário eleitoral não podem servir de pretexto para o adiamento de medidas de correção, muito embora, faça transparecer que manterão os mesmos rumos quando seja adiada até as eleições quando a insensatez se qualificará ao abismo.
Antonio Scarcela
Jorge.
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