GOVERNO SÓ APROVARÁ PLANO QUE REEQUILIBRAR CONTAS ESTADUAIS, DIZ FAZENDA.
Ministério divulgou nota sobre projeto
de negociação das dívidas aprovado pela Câmara; texto reduziu parte das
contrapartidas exigidas pelo governo.
O Ministério da
Fazenda divulgou uma nota na noite desta terça-feira (20) na qual afirmou que
só aprovará os planos de renegociação das dívidas dos estados com a União que,
"de fato", viabilizarem o equilíbrio das contas estaduais.

"O governo
tomará todas as medidas para que as propostas aprovadas assegurem que os
estados readquiram o equilíbrio fiscal e financeiro. Serão aprovados os planos
que, de fato, viabilizem esse equilíbrio", diz a nota da Fazenda.
Em outro trecho,
o ministério ressaltou que é competência da pasta a análise e a recomendação
final ao presidente Michel Temer dos planos de ajuste dos estados.
"Nos termos
do texto hoje [terça, 20] aprovado [pela Câmara], o estado que se candidatar a
fazer parte desse regime terá que apresentar as medidas para reequilibrar a sua
situação fiscal e financeira. Compete ao Ministério da Fazenda a análise e
recomendação para aprovação final do presidente da República",
acrescentou.

Votação na
Câmara
A proposta
aprovada na Câmara, que segue para sanção presidencial, aumenta em até 20 anos
o prazo para o pagamento de dívidas de estados e do Distrito Federal com a
União.
Aos estados que
enfrentam crises financeiras mais graves, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul, o texto permite que o pagamento das dívidas seja suspenso
por até três anos.
Para ser
aprovado, o projeto precisou de um acordo entre os líderes partidários, costurado
pela manhã na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Foi nessa
reunião que os parlamentares decidiram retirar parte das contrapartidas
defendidas pelo governo federal.
O projeto.
O texto que vai
à sanção do presidente Temer estabelece:
Os estados que
assinarem termos aditivos para prorrogar o pagamento das dívidas deverão
estabelecer um teto para os gastos públicos, correspondente à inflação do ano
anterior, nos dois primeiros anos após o fechamento do acordo.
Aos estados que enfrentam
crises financeiras mais graves, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande
do Sul, o texto permite que o pagamento das dívidas seja suspenso por até três
anos.
As
contrapartidas excluídas do projeto foram:
Criação de
programas de desestatização de empresas estaduais.
Elevação da
contribuição previdenciária para 14% no mínimo.
Redução de
incentivos tributários as empresas.
Suspensão de
reajustes salariais de servidores estaduais.
Proibições para
criação de cargos, aumento para servidores que levem ao crescimento de
despesas, contratação de pessoal e realização de concursos públicos.
Financiamento,
pela União, de programas de demissão voluntária em empresas estatais.
Fonte: G1 – DF.
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