domingo, 4 de dezembro de 2016

COMPROMETIMENTO MORAL DO PARLAMENTO

^'EXCELÊNCIA CORRUPTA
AQUI É BRASIL ESCULHAMBADO'








SENADORES CITAM 'CONSTRANGIMENTO' POR RENAN TER VIRADO RÉU NO STF.


Alguns parlamentares dizem que situação 'afeta credibilidade' da Casa; outros, porém, avaliam que assunto é 'privado'.

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alguns parlamentares ouvidos pelo G1 citaram "constrangimento" com a situação. Outros, porém, afirmaram que o assunto é "privado".

Na quinta (1º), por 8 votos a 3, os ministros do STF aceitaram parte da denúncia oferecida pelo Ministério Público e decidiram abrir uma ação penal contra o presidente do Senado pelo crime de peculato, ou seja, por desvio de dinheiro público.
Presidente do Senado Renan Calheiros se torna réu.

Renan é acusado de destinar, em 2005, parte da verba indenizatória do Senado para uma locadora que, segundo o Ministério Público, não prestou os serviços.

O senador, por sua vez, diz que a denúncia é "recheada de falhas" e vai provar a inocência dele no caso.
O que dizem os senadores.

Para Lasier Martins (PDT-RS), o episódio envolvendo Renan Calheiros "agrava o constrangimento" do Legislativo.

Passamos a ser presididos por um senador réu em um processo criminal. Não há muito o que fazer porque Renan está no final do mandato de presidente.

Então, acho que essa situação constrangedora será aceita por serem poucos dias, afirmou o parlamentar.

Na mesma linha, o líder do PPS, Cristovam Buarque (DF), disse que a confiança da população no Senado ficou "abalada" após a decisão do Supremo, ainda que o processo ainda não tenha sido concluído, Renan ainda será julgado.

O fato de Renan ser réu afeta a credibilidade da Casa. 

Não é um assunto pessoal. Uma pessoa que é presidente do Congresso, o segundo na linha de sucessão da Presidência.

Não se trata de um assunto pessoal, pois, nesses casos, os assuntos repercutem na República inteira, declarou.

A assessoria do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), informou que a bancada discutirá a situação de Renan Calheiros nesta segunda (5).

Na reunião, os petistas deverão decidir se pedem ou não a renúncia do peemedebista do cargo de presidente do Senado.

'Questão pessoal'

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), por sua vez, avaliou que a situação de Renan no Supremo Tribunal Federal não atinge os demais senadores.

"É uma questão pessoal. Cabe a ele, Renan, apresentar a defesa, e não ao Senado. 

Evidente que não é uma coisa boa, mas os senadores não se sentem atingidos porque a denúncia se dirige a Renan", disse. 

Na avaliação do líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), disse que o assunto é "privado" e, além disso, o partido só se manifestará sobre uma eventual saída do peemedebista do comando do Senado quando o Supremo decidir se réus podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República.

Da mesma forma, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou que o episódio "não desmoraliza" o Senado. Além disso, acrescenta, Renan está no fim do mandato de presidente da Casa (um novo presidente será eleito em 1º de fevereiro). 

Não há nenhuma regra que o obrigue a deixar a presidência do Senado, e ele está no fim do mandato. 

Cabe a ele decidir se sai ou não, se ele se sente confortável para continuar, disse.
Fonte: G1 – DF.

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