^'EXCELÊNCIA CORRUPTA AQUI É BRASIL ESCULHAMBADO' |
SENADORES CITAM 'CONSTRANGIMENTO' POR RENAN TER VIRADO RÉU NO STF.
Alguns parlamentares dizem que situação 'afeta
credibilidade' da Casa; outros, porém, avaliam que assunto é 'privado'.
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), alguns parlamentares ouvidos
pelo G1 citaram "constrangimento" com a situação. Outros, porém,
afirmaram que o assunto é "privado".
Na quinta (1º), por 8 votos a 3, os ministros do STF
aceitaram parte da denúncia oferecida pelo Ministério Público e decidiram abrir
uma ação penal contra o presidente do Senado pelo crime de peculato, ou seja,
por desvio de dinheiro público.
Presidente do Senado Renan Calheiros se torna réu.
Renan é acusado de destinar, em 2005, parte da verba
indenizatória do Senado para uma locadora que, segundo o Ministério Público, não
prestou os serviços.
O senador, por sua vez, diz que a denúncia é
"recheada de falhas" e vai provar a inocência dele no caso.
O que dizem os senadores.
Para Lasier Martins (PDT-RS), o episódio envolvendo
Renan Calheiros "agrava o constrangimento" do Legislativo.
Passamos a ser presididos por um senador réu em um
processo criminal. Não há muito o que fazer porque Renan está no final do
mandato de presidente.
Então, acho que essa situação constrangedora será
aceita por serem poucos dias, afirmou o parlamentar.
Na mesma linha, o líder do PPS, Cristovam Buarque
(DF), disse que a confiança da população no Senado ficou "abalada"
após a decisão do Supremo, ainda que o processo ainda não tenha sido concluído, Renan ainda será julgado.
Não é um assunto pessoal. Uma pessoa que é presidente do Congresso, o segundo
na linha de sucessão da Presidência.
Não se trata de um assunto pessoal, pois, nesses
casos, os assuntos repercutem na República inteira, declarou.
A assessoria do líder do PT no Senado, Humberto Costa
(PE), informou que a bancada discutirá a situação de Renan Calheiros nesta
segunda (5).
Na reunião, os petistas deverão decidir se pedem ou
não a renúncia do peemedebista do cargo de presidente do Senado.
'Questão pessoal'
O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP),
por sua vez, avaliou que a situação de Renan no Supremo Tribunal Federal não
atinge os demais senadores.
"É uma questão pessoal. Cabe a ele, Renan,
apresentar a defesa, e não ao Senado.
Evidente que não é uma coisa boa, mas os
senadores não se sentem atingidos porque a denúncia se dirige a Renan",
disse.
Na avaliação do líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), disse que o assunto é
"privado" e, além disso, o partido só se manifestará sobre uma
eventual saída do peemedebista do comando do Senado quando o Supremo decidir se
réus podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República.
Da mesma forma, o presidente do DEM, senador Agripino
Maia (RN), afirmou que o episódio "não desmoraliza" o Senado. Além
disso, acrescenta, Renan está no fim do mandato de presidente da Casa (um novo
presidente será eleito em 1º de fevereiro).
Não há nenhuma regra que o
obrigue a deixar a presidência do Senado, e ele está no fim do mandato.
Cabe a
ele decidir se sai ou não, se ele se sente confortável para continuar,
disse.
Fonte: G1 – DF.
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