SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela JorgeDOMÍNIO CORRUPTO.
Nobres:
Mesmo sendo “tutelado” por ações corruptas de
parlamentares que vieram assumir descaradamente os malefícios causados com o
“pacote anticorrupção”, ou melhor, bem seja cognominado de “pacote da
corrupção” aprovado de madrugada pela Câmara dos Deputados é de se imaginar que
até pouco tempo atrás, ao se referir às operações Mensalão, Lava Jato, Zelotes
etc, era recorrente ouvir a afirmação, especialmente dos seus seguidores, de
que “as digitais” do ex-presidente Lula não apareceriam em nenhum lugar. O que
significa nessa análise que ele não se envolvera em nenhum tipo de atividade
criminosa, durante ou após o seu governo. Contudo, ao que parece, essa mesma
segurança, em face do que se tem divulgado ultimamente pela imprensa, está
balançando. Lula reforça a sua equipe de defesa e pode ser interpretada como um
indicativo de que as investigações estão chegando às suas “digitais”, pois “começa
a enxergar perigo real nas investigações. daí a sua preocupação. No entanto,
discorda o seu defensor para quem “Há um
de esforço para a criminalização do ex-presidente”. Ora o ex presidente é quem
reforçou a sua criminalização com artimanhas e leva crer que somente os seus
xiitas, fanáticos e corruptos tentam enganar a maioria da população brasileira,
o povo não é besta. Concretamente,
sabe-se que Lula está sendo cada vez mais investigado pela Procuradoria “sob suspeita de
favorecer a Odebrecht, que pagou palestras e viagens do petista a países onde
fez obras financiadas pelo BNDES” e outras roubalheiras que se transparecem a
cada dia. De fato, cotidianamente pinga denúncia sobre o seu envolvimento nos
negócios esdrúxulos da Petrobrás. Segundo um de seus denunciantes, Cerveró, revelada
em sua delação a sua indicação para cargo na BR Distribuidora deve-se a Lula,
como contrapartida a contratação da Schahin Engenharia como recompensa à
quitação da dívida do PT de R$ 12 milhões no Banco Schahin; a campanha de
reeleição de Lula recebeu R$ 50 milhões de propina, proveniente de uma
transação de blocos de petróleo na África, conforme divulgado pela imprensa nos
últimos dias, ao lado de outras denúncias que respingam aqui, acolá indicativas
do seu envolvimento com empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato,
como, por exemplo, nas reformas do triplex no Guarujá-SP e no sítio de Atibaia,
pagas pela empreiteira OAS, igualmente relatado pela imprensa e que finalmente
escorregou ao afirmar como sendo de sua propriedade esses empreendimentos. Aliás,
no inquérito policial que apura eventual envolvimento de 39 pessoas em esquema
de distribuição de recursos ilícitos a políticos, a Polícia Federal solicitou
ao STF autorização para ouvir Lula na Operação Lava Jato, com o que concordou o
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Apenas à guisa de esclarecimento,
é importante destacar que a solicitação se deu não porque Lula tenha foro
privilegiado, mas sim porque constam no mesmo inquérito outros suspeitos que
possuem o foro privilegiado. Enfim, são inúmeros os episódios objetos das
operações acima destacadas que, de uma forma ou de outra, envolvem o
ex-presidente nos escândalos da Petrobrás. É bom lembrar o ditado popular de
que “onde há fumaça, há fogo” e começou o “incêndio”. Porém, quanto à
existência de fogo, no caso, compete à Polícia Federal e ao Ministério Público
Federal demonstrar e, ao que parece, não está distante. Com efeito, não é por
acaso as inúmeras tentativas do esvaziamento da Operação Lava Jato, onde
parceiros parlamentares estão atolados até o pescoço e parece que suas cabeças
virão se cobrir e conseqüentemente naufragar.
Apenas para lembrar quão maléfica foi e está sendo a destruição da
Petrobras pelos escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato,
associados à conjuntura internacional e as ações dessa empresa que foi o
orgulho dos brasileiros “derreteram”. O que se espera desse quadro é que os
responsáveis direta ou indiretamente por esses escândalos atrás de escândalos,
que estão destruindo o País, sejam severamente punidos, à luz do nosso
ordenamento jurídico.
Antônio
Scarcela Jorge.
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