UM DIA DEPOIS DE ANUNCIAR MINIPACOTE, TEMER DIZ QUE NÃO HÁ ESPAÇOS PARA 'FEITIÇARIA'
Presidente fez o comentário durante evento com
oficiais das Forças Armadas; nesta quinta (15), governo lançou conjunto de
ações para tentar estimular a economia.
O presidente da República, Michel
Temer, afirmou nesta sexta-feira (16), em um evento com oficiais das Forças
Armadas, que não há mais espaço no país para "feitiçarias" na
economia, como "imprimir dinheiro" e "maquiar contas".
O peemedebista fez o comentário
um dia após anunciar um minipacote para a economia, que prevê, entre outras
medidas, renegociação de dívidas de empresas.
Segundo o Executivo federal, as
ações lançadas nesta quinta (15) têm como objetivo tentar aumentar a produtividade
das empresas, desburocratizar procedimentos e estimular o nível de atividade na
economia brasileira e a geração de empregos.
Ao discursar na cerimônia de
cumprimentos de fim de ano dos Oficiais-Generais das Forças Armadas, no Clube
Naval de Brasília, Temer afirmou que seu governo está "enfrentando de
frente" os problemas econômicos. Segundo ele, se não forem tomadas medidas
como as que ele tem proposto, "o país quebra".
"Não há mais espaço para
feitiçarias, imprimir dinheiro, maquiar contas e controlar preços. Estamos
enfrentando os problemas de frente. Se não o fizermos agora, o estado
quebra."
"Não há mais espaço para
feitiçarias, imprimir dinheiro, maquiar contas e controlar preços. Estamos
enfrentando os problemas de frente.
Se não o fizermos agora, o estado quebra.
Os que mais sofrem com os arremedos do passado são os mais pobres",
discursou Temer, fazendo uma referência indireta à chamada "contabilidade
criativa" implementada durante o governo Dilma Rousseff que geraram, entre
outras coisas, as "pedaladas fiscais".
Boa parte das medidas econômicas
anunciadas nesta quinta por Temer será implementada ao longo de 2017.
Ja outra
parte será viabilizada por meio de medidas provisórias (MPs) que serão enviadas
pelo governo ao Congresso. O cronograma de envio da MPs não foi divulgado.
Reforma da Previdência.
No encontro com os militares, o
presidente voltou a defender a exclusão dos militares da reforma da Previdência
enviada pelo governo ao Congresso Nacional.
O peemedebista disse que a
primeira reação das pessoas quando ele defende regras previdenciárias
diferenciadas para os militares é “invocar o princípio da igualdade”.
“Com muito acerto nós mandamos o
projeto de reforma previdenciária naturalmente excluindo os militares porque há
uma correlação lógica entre o fato da separação e o fato que leva a separar.
Portanto estamos constitucional e juridicamente corretos.”
Na avaliação do presidente, a
Constituição determina que todas as pessoas sejam iguais perante a lei, mas
negou que se deva tratar “igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”.
“Com muito acerto nós mandamos o
projeto de reforma previdenciária naturalmente excluindo os militares porque há
uma correlação lógica entre o fato da separação e o fato que leva a separar.
Portanto estamos constitucional e juridicamente corretos”, acrescentou Temer.
Popularidade.
Temer voltou a ressaltar que não
busca "aplausos imediatos" nem aprovação a qualquer preço. “O caminho
certo, que estamos todos trilhando, nem sempre é o mais popular em determinado
momento”, afirmou.
Nesta sexta foi divulgada uma
pesquisa do Ibope sobre a aprovação do governo. Segundo o levantamento, 46%
reprovam o governo e 13% aprovam.
Para o presidente, seria mais
cômodo se promovesse medidas mais populares e deixasse decisões econômicas
importantes para o próximo presidente.
“Não
teria embates, não teria contrariedades, não teria controvérsias”, declarou. Ele
também argumentou que o Brasil não pode mais ficar dividido neste “momento
político-administrativo”.
“O país pode ficar dividido
eleitoralmente, num dado momento, durante o momento político-eleitoral, mas não
pode fazê-lo depois das eleições, quando entramos no momento
político-administrativo.
Não quando todos os brasileiros e
os governantes devem ir em busca do bem comum.”
'Defesa e democracia'
O ministro da Defesa, Raul
Jungmann, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio
Etchegoyen, também participaram da confraternização.
Jungmann disse que a interação
entre a Defesa e a democracia é “absolutamente crucial em nossa história” e
ressaltou a boa relação entre as Forças Armadas e o governo.
“A Defesa tem sido
exemplar nesse papel”, falou.
O ministro então também voltou a
defender a exclusão dos militares na Reforma da Previdência.
A proposta do
governo enviada ao Congresso Nacional não prevê mudanças para membros das
Forças Armadas.
“Nos casos dos militares, com
regime de trabalho diferenciado, não podem ser comparados a outras categorias e
funções, embora reconheçamos a importância delas para o país. Será estudado
projeto de lei específico.
Os militares não dispõem de um sistema
previdenciário, mas de proteção social”, argumentou.
Jungmann ainda citou o maior
interesse da sociedade por temas de segurança nacional e ações das Forças
Armadas ao longo do ano, como a viagem do navio de projetos de pesquisa Vital
do Rêgo de Oliveira pela costa brasileira e um novo satélite a ser lançado em
órbita.
Fonte: G1 – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário