CHANCELERES COMUNICAM VENEZUELA DE SUSPENSÃO DO MERCOSUL.
Venezuela não cumpriu com obrigações, dizem chanceleres de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Os chanceleres da Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai, países fundadores do Mercosul, anunciaram nesta sexta-feira (2) que
comunicaram a Venezuela de sua suspensão do bloco, segundo comunicado divulgado
pelo Ministério de Relações Exteriores da Argentina.
Na quinta-feira passada, a Venezuela completou quatro anos
de adesão ao Mercosul, e este foi o prazo máximo dado ao país pelos outros
membros para que os venezuelanos cumprissem todas as normas de adesão.
"No dia de ontem foi analisado o estado
de cumprimento das obrigações assumidas pela Venezuela, constatando-se o estado
de descumprimento", diz a nota.
Mais cedo, antes da divulgação do comunicado, a
ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse em sua
conta do Twitter que o país não foi suspenso do Mercosul, reagindo a notícia da
decisão pela suspensão, que foi antecipada nesta quinta pelas agências de
notícias Reuters e France Presse, citando fontes ligadas ao bloco.
Venezuela é suspensa do Mercosul.
A Venezuela foi admitida no Mercosul em 2012, em uma
manobra dos governos de Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, da Argentina.
Depois da suspensão temporária do Paraguai, causada
pelo impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, Brasil e Argentina
convenceram o Uruguai a acelerar a admissão da Venezuela, que só dependia da
aprovação do Congresso paraguaio.
O país entrou oficialmente no bloco em dezembro do
mesmo ano e, depois de ser readmitido, o Congresso do Paraguai, em uma
negociação tocada pelo presidente Horácio Cartes, concordou em aprovar sua
admissão para regularizar a situação.
A Venezuela, no entanto, descumpriu a maior parte dos
prazos de adesão ao bloco, especialmente nas questões econômicas.
O problema foi à solução encontrada por Brasil,
Paraguai e Argentina, para evitar que o país assumisse a presidência pro
tempore do bloco em julho deste ano, como deveria ter acontecido, e abriu
caminho para a suspensão.
Divisão ideológica.
Após uma década de forte crescimento econômico e
políticas de esquerda ao redor da América do sul que levaram o Mercosul a
abraçar a Venezuela, a suspensão agora enfatiza a divisão ideológica na região,
que sofre com a queda nos preços das commodities e com a fragilidade econômica.
A decisão do bloco também isola ainda mais o governo
do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que é acusado de exacerbar as crises
política, econômica e humanitária que assolam o país.
Reingresso.
Para reingressar ao Mercosul, bloco formado por
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a Venezuela terá de renegociar os termos
de sua participação de acordo com as regras comerciais e de imigração do bloco,
segundo informações divulgadas pela Reuters.
A Venezuela disse ao bloco que cerca de 130 normas,
que inclui um acordo sobre direitos humanos, são "inadmissíveis".
Isso sinaliza que qualquer negociação para uma
readmissão deve ser tensa e levar anos, disse uma autoridade brasileira
envolvida nas negociações com a Venezuela, citada pela agência.
"Eles não poderão reingressar no bloco se houver
alguma coisa que vá fundamentalmente contra o Mercosul", disse a
autoridade, que pediu por anonimato para poder falar livremente sobre o
assunto.
'Entraremos pela janela'
Em setembro, o presidente venezuelano Nicolás Maduro
reagiu a um ultimato feito pelos países fundadores do Mercosul, dizendo que se
eles expulsassem seu país do grupo, ele entraria no bloco "pela
janela".
"Expulsar-nos? Pois sim! Se nos mandam embora
pela porta, nós entramos pela janela, mas do Mercosul ninguém tira a
Venezuela", afirmou.
"O que está tentando fazer a tríplice aliança dos
governos neoliberais, de direita, antipopulares, pró-imperialistas de Paraguai,
Brasil e Argentina não tem nome", disse Maduro.
Fonte: Reuters. COMENTÁRIO
BEM QUE NEM O DITADOR CUBANO AINDA NÃO FOI SEPULTRADO E CANONIZADO PELA
CURRIOLA DO LULA. OS APÓSTOLOS DILMA E LULA, IRÃO AOS “FUNERAIS” DO
SANGUINÁRIO, SERIA BEM MELHOR SE ELES FICASEM POR LÁ!
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