REAL PENTA MUNDIAL DE CLUBES.
Foi exatamente o que aconteceu neste domingo, em
Yokohama. O Real Madrid foi campeão com a vitória por 4 a 2 sobre o Kashima
Antlers na prorrogação, após empate em 2 a 2 no tempo normal.
Mas levantar a
taça no Japão a quinta do Mundial se tornou uma tarefa muito mais árdua do
que os espanhóis esperavam.
Para delírio de sua legião de fãs, Cristiano
Ronaldo fez três gols na decisão e garantiu mais um troféu num 2016
praticamente perfeito individual e coletivamente.
Ainda igualou Pelé, então o
único jogador a ter marcado três vezes numa final do torneio: em 1962, na
vitória do Santos por 5 a 2 sobre o Benfica.
O Real Madrid entrou em campo com sua formação
tradicional e o estilo de jogo consagrado. Toque de bola, domínio do meio de
campo e muita movimentação.
Foram nove minutos de jogo de um time só em campo,
enquanto o outro tentava encaixar a marcação e se encontrar.
Quando Modric pegou uma sobra na entrada da área, o
goleiro Sogahata deu rebote e Benzema completou para o gol. Diante do quadro
apresentado, a impressão que se tinha era de que os galácticos fariam mais em
pouco tempo.
De fato, tiveram boas chances, mas não conseguiram estufar mais a
rede.
O Kashima foi crescendo, ganhando espaço e atacando no
embalo da torcida, que fez muito barulho.
Chegando pelos lados, tentando nos
contras e até em alguns chutes.
Aos 44, o empate e explosão em Yokohama. Em boa
jogada de Doi, a zaga cortou errado, e Shibasaki deixou tudo igual.
O gol de empate do Kashima no final do primeiro tempo
animou os japoneses e acendeu um sinal de alerta nos espanhóis.
A etapa final veio com um panorama que poucos
esperavam, com o time local tomando a iniciativa e chegando mais perto do gol.
A virada saiu com Shibasaki, dono de boa jogada individual em finalização sem
chances para Navas.
Uma mistura de euforia e surpresa em Yokohama.
Pressionado, só restaram aos galácticos o ataque. Vázquez caiu na área, o
árbitro apontou pênalti.
Tudo o que Cristiano Ronaldo precisava para empatar e
respirar. Até o último minuto final, mais chances de gol para ambos os lados.
Sergio Ramos, que já tinha amarelo, fez uma falta dura
no fim.
O árbitro foi em sua direção, ameaçou dar o cartão, mas desistiu.
Acabaria sendo um lance decisivo.
PRORROGAÇÃO
O Kashima Antlers conseguiu um enorme feito ao chegar
na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, assombrou o mundo ao fazer dois gols
no Real Madrid e levar a partida para a prorrogação.
Mas não teve mais fôlego
para segurar os galácticos e acabou levando dois gols.
Até então fazendo uma
partida apenas regular, Cristiano Ronaldo balançou a rede duas vezes para
alívio dos espanhóis.
Primeiro, em ótimo passe de Benzema, um dos melhores de
todo o torneio. Depois, aproveitando um chute errado de Kroos. Dali para frente
foi só fazer o tempo passar.
ARBITRAGEM.
O árbitro Janny Sikazwe, da Zâmbia, vinha tendo uma
atuação de certa forma segura na partida até os 44 minutos do segundo tempo.
Sergio Ramos, que já havia recebido o amarelo, cometeu uma falta dura em Um e
merecia levar outro cartão. Sikazwe correu em direção ao zagueiro, ameaçou
puxar o cartão, mas voltou atrás.
Foi motivo de vaias e protestos entre os
torcedores, e também por parte dos jogadores do Kashima Antlers.
Com o título conquistado em Yokohama, o Real Madrid se
tornou ainda o maior campeão mundial, levando-se em consideração os dois
formatos da competição.
Antes, com a disputa entre o campeão da Libertadores e
da Liga dos Campeões, e a partir de 2000, com uma pausa até 2005, seguindo o
formato atual elaborado pela Fifa.
São cinco títulos, contra quatro do Milan.
Boca Juniors, Peñarol, Barcelona, Bayern de Munique, Nacional (URU) e São Paulo
têm três conquistas.
Cristiano Ronaldo.
O português foi decisivo como se espera dele. Fez um
gol na semifinal sobre o América do México, e três na decisão contra o Kashima.
Igualou o feito de Pelé ao fazer um hat-trick em final de Mundial e também
César Delgado, Suárez e Messi como maiores artilheiros da competição: cinco.
Sua passagem por Yokohama foi marcada também por muita
festa dos fãs, que ficavam horas na porta do hotel em que o time estava
hospedado em busca de fotos e autógrafos.
No estádio, até mesmo os torcedores rivais
faziam reverência para o ídolo.
Bem ou mal em campo (deixou a desejar bastante
no tempo normal na final), fecha 2016 com os títulos da Champions, da Supercopa
da Europa, da Eurocopa e do Mundial.
De quebra, levou duas Bolas de Ouro: a
original, da "France Football", e a da Fifa por ter sido eleito o
melhor do torneio.
Um dos principais nomes do elenco do Real Madrid, o
atacante Benzema chegou ao gol de número de 171 pelo clube. Com o feito, ele
igualou um grande ídolo espanhol que fez história pelo time de Madri:
Butragueño.
O francês é o nono maior artilheiro da história do
Real e de quebra foi o vice-artilheiro da equipe no Mundial de Clubes com dois
gols em duas partidas.
Merecia até ter levado um prêmio individual, mas viu
Modric e Cristiano Ronaldo serem homenageados à sua frente.
ESPÍRITO DE ZICO.
Várias faixas e bandeiras do brasileiro foram levadas
ao estádio pela torcida do Kashima, atual campeão nacional.
Comum ler em inglês
"Spirit of Zico" (espírito de Zico). O Galinho, além de maior ídolo
da história do Flamengo, também é considerado uma lenda para os fãs dos
japoneses.
Se em campo faltou algo a mais para ganhar do Real Madrid, fora dele
os torcedores carregavam o nome e o rosto do ex-jogador para empurrar seus
atuais ídolos.
Fonte: G1 – DF.
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